segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Cotas Sociais na UEM

Alunos cotistas, ou não, prestai atenção...
O sistema de Cotas Sociais na UEM entrou em vigor este ano, ou seja, na calourada deste ano, cerca de 20% (que é a quantidade reservada para alunos da rede pública, sem graduação e com renda de até um e meio salário mínimo) dos calouros entraram por este sistema. Um problema que ocorreu foi o fato de alguns destes terem entrado apesar de terem estudado em escolas que não são da rede pública; um deles possui 200 alqueires de terra fértil no Paraná e vive com uma renda de até 41.000 reais por mês; um outro possue renda anual de um milhão e 39 mil reais. Mas tirando esses fatos, a idéia da cota social consiste em corrigir um déficit com setores desprivilegiados da sociedade, os excluídos historicamente. Sabemos que até o ano passado a Universidade Estadual de Maringá funcionava, exclusivamente, para a elite do Paraná e região, pois apenas aqueles que tiveram a oportunidade de estudar sem ter que trabalhar, ou a possibilidade de pagar um cursinho (na maioria dos casos), enfim, se dedicar muito para entrar na universidade foram aqueles que a família incentivou e apoiou de diversas formas, principalmente financeiramente. Ficam as perguntas: devemos lutar pela ampliação das vagas de cotas sociais? Ou devemos lutar pela vaga garantida para todos aqueles que desejam cursar uma faculdade? Para responder estas e propormos novas perguntas é fácil, vote na chapa movimente-se UEM e, caso eleita, participe das reuniões e assembléias. Somente assim o DCE faz o papel político que lhe cabe, acatando a decisão da maioria presente na assembléia, seja uma ação-direta ou burocrática, seja a posição da UNE, do PT, ou do PCdoB, ou ainda do PSTU, ou também do PCB, PSOL. Afinal, todos estes partidos estão presentes na Universidade. Mas no caso do DCE, acataremos a decisão da maioria dos ALUNOS. Uma coisa é certa, a decisão dos acomodados é a que não vai ser acatada, porque, estes, muito provavelmente não irão na reunião e na assembléia decidir o posicionamento do DCE da UEM. E isto também é uma atitude política, a de ser submisso aos Professores com a sua Ditadura dos Doutores, ou ao que a Reitoria decide.

8 comentários:

Luís André Lisque disse...

Grande parte dos universitários da UEM, assim como eu, vêm de colégios particulares. Colégios que para manter os alunos, pagantes, obrigavam-se a manter uma boa qualidade de ensino, preocupavam-se com os resultados obtidos pelos alunos nos vestibulares, investiam em seu espaço físico para torná-lo agradável para o pagante estudar. Enfim, os acadêmicos vindos desse tipo de instituição nunca precisaram lutar por algo, nunca foram encorajados para tal, nunca se estranharam com a realidade estudantil, pois esta era adaptada sempre ao seu querer de pagante.

Quando chegamos à universidade pública, nós pagantes, e somos maioria, não sabemos lutar, conhecemos apenas o aceitar o deliberado pelos professores, coordenadores, diretores. Mas a UEM não funciona assim, não pode funcionar assim.

Como desconstruir aquele antigo modo de pensar a relação entre estudante e instituição de ensino? Como politizar os acadêmicos? Como fazê-los lutar? Como provocar o estranhamento para com as coisas que estão estranhas?

Anônimo disse...

Acredito que não seja interessante acabarmos com as cotas, mas que seja punidos os culpados e melhor fiscalizada a intenção das vagas. Penso que, os vestibular é muito concorrido e infelizmente agrega aqueles alunos que tiveram condições de estudar em bons colégios excluindo os alunos que estudaram em colégios públicos, lembrando que a educação é sucateada. Não acredito que conseguiremos acabar com a concorrência dos vestibulares assim tão fácil, falta sala de aulas para amparar todos os alunos e consequentemente, funcionários e mais milhares de coisas que não seriam solucionadas do dia para noite, assim sendo, esses alunos que necessitam e poderiam entrar por cotas ficariam a merce dessas conquistas esperando sua oportunidade enquanto a burguesia está dentro da salas de aula, principalmente de cursos que requer mais estrutura ainda e que são absurdamente concorridos.
O que vocês pensam a respeito desses posicionamentos? Gostaria de entender melhor essa proposta de vocês.

Érico Matos disse...

Não, não somos contrários as cotas somos a favor das cotas !! mas que os responsáveis por essa fraude sejam punidos, é realmente isso que você disse, de modo algum a chapa é contrária as cotas, há membros da chapa que inclusive participaram ativamente para que as cotas fossem implementadas na UEM.

Anônimo disse...

As cotas da UEM não devem acabar, mas eles devem ser mais rigorosos nas análises desses documentos, já que muito entraram omitindo a verdadeira renda da família, outro fato importante é que esse ano foi oferecida várias bolsas Pibic para alunos cotitas, eu cotista e com renda baixa de verdade não consegui minha bolsa, mas a mesma foi oferecida para um cara da minha sala que até um carro já tem, eu trabalhei até meio ano sai por notas baixas e medo de reprovar de ano. É justo eu que realmente precisava da bolsa não consegui-la, enquanto uma pessoa que mente sua renda ganhar, e mais R$360,00 aqui na zona 7 vc tem que escolher ou come ou paga aluguel, acho que tem que haver reivindicações por bolsas maiores, para que quem tem vontade de fazer um curso no período integral, possa faze-lo sem precisar ter pai e mãe pra bancar...

Anônimo disse...

Eu fico revoltada de verdade com isso, como que A MELHOR UNIVERSIDADE DO PARANÁ oferece um misera bolsa de 360,00 para uma pessoa se manter em Maringá, qualquer universidade estadual de SP oferece bolsas maiores e condições para os alunos se manterem na universidade, a verdade é que a UEM não pensa nessa MAIORIA sim os pobres são MAIORIA, eles só pensam que tem ricos da faculdade e quem é pobre que trabalhe, que estude no período noturno e acabe seu curso em 10 anos. Isso faz com que muitos alunos abandonem seus cursos, e voltem para casa com a sensação de derrota.

Anônimo disse...

Eu me perguntava qnd estava indecisa o ano passado se continuava me matando de trabalhar pra pagar uma faculdade particular ruim ou me matava pra entrar no cursinho e ir pra uma faculdade pública, e pensei q mundo injusto estudei minha vida inteira em escola pública onde nem professor de física tive, pra depois me matar pra pagar uma faculdade particular QUE MUNDO , eu fui uma exceção, qnd terminei o ensino médio eu nem sabia o que era uma Universidade pública, hj eu to aqui mais e o resto dos 40 alunos que se formaram cmg, a maioria nem sabe mais escrever direito...COTAS SOCIAIS SIM!

Anônimo disse...

"Somente assim o DCE faz o papel político que lhe cabe, acatando a decisão da maioria presente na assembléia, seja uma ação-direta ou burocrática, seja a posição da UNE, do PT, ou do PCdoB, ou ainda do PSTU, ou também do PCB, PSOL. Afinal, todos estes partidos estão presentes na Universidade"
Olha, naboa, política partidária não tinha nada que ter a ver com a estudantil.

Tiê disse...

concordo, mas fazer o que, existem alunos que se filiam e podem ir nas assembleias...