sexta-feira, 30 de março de 2012

Ato em Maringá e Paralisação em Cidade Gaúcha no dia 28/03

No ato pela retomada das Pautas da Ocupação, entregamos a Carta ao Reitor  e cobramos um retorno em 15 dias, ou seja, até de 11 de abril o Reitor deve se pronunciar a respeito da nossa pauta.

Dia 28 de março de fato caracterizou um dia de luta na UEM. Enquanto estávamos em ato em Maringá, em Cidade Gaúcha os estudantes paralisaram as atividades do campus em protesto devido o não atendimento das pautas específicas de lá, prometidas desde ano passado, como a licitação das marmitas.
Em nota no site da UEM, o reitor afirma que "já determinou o início do processo licitatório" (veja na íntegra aqui), o que demonstra o enorme descaso da reitoria com as pautas estudantis: a construção de uma licitação e lançamento de edital é feito rapidamente, aliás, ano passado nos foi afirmado que a licitação das marmitas para Gaúcha já estava pronta!
Sobre o pedido de ônibus para evento: Diante da mobilização, paralisação e cobrança dos estudantes de Cidade Gaúcha, a administração da universidade deu seus pulos para garantir o veículo (vaquinhas entre Centros, Pró-reitorias, etc). A Universidade deve garantir a todos o transporte gratuito de estudantes e professores para viagens acadêmicas!

O movimento deve seguir coeso para darmos continuidade a nossa luta e garantir que as reivindicações saiam do papel, em todos os campi da UEM.

Pense, participe e Movimente-se!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Carta entregue ao Reitor - Pela retomada das Pautas da Ocupação


Ao Sr. Reitor Prof. Júlio Santiago Prates Filho
Ao Sr. Secretário da SETI Alípio Santos Leal Neto

Desde o começo de 2011 a Universidade vem passando por momentos extremamente críticos, resultante da falta de verba e do crescimento da demanda onde os recursos são escassos, e não há estrutura adequada para o bom funcionamento das atividades normais da Universidade.
A reação a esses ataques do governo e da administração da UEM, que sempre ameaçam as questões que dizem respeito aos estudantes, se deu no Movimento de Ocupação da Reitoria – Manuel Gutiérrez. Após oito dias de negociações, obtivemos o compromisso desta administração e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) em atender as contrapropostas apresentadas pelo Movimento.
Diferente do que tudo indicava, 2012 iniciou contraditório a todos os acontecimentos do ano anterior. A ofensiva do governo estadual em cortar bruscamente o orçamento da Universidade, o que esta administração utilizou como justificativa para atitudes como a suspensão das Bolsas Formação Acadêmica, anunciada somente nos mês de janeiro de 2012, demonstra claramente as más intenções do governo e a falta de comprometimento com a Educação Pública do Paraná.
No dia 07 de março, os estudantes desta Universidade se fizeram presentes na manifestação em Curitiba, tanto nas ruas quanto na reunião da “Comissão de Educação”, criada para a negociação dos docentes com os secretários do governo. Nesta reunião, o Secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, afirmou que as Pautas Acordadas do Movimento de Ocupação da Reitoria seriam retomadas após a data de 20 de março.
Tendo em vista a sinalização do próprio reitor quanto aos assuntos de contratação de funcionários, equiparação salarial docente e a suplementação orçamentária já estarem todos encaminhados, viemos por meio desta exigir que a Reitoria da Universidade Estadual de Maringá, juntamente com o Governo Estadual e a SETI:
1º Retome em caráter de urgência a pauta e os prazos tirados do Movimento de Ocupação – Manuel Gutiérrez
2º Dê um parecer em relação a todos os pontos da pauta, ressaltando em específico as questões na qual seu prazo já expirou;
3º Retomada da negociação com o Movimento de Ocupação Manuel Gutiérrez em relação aos prazos expirados, visando o atendimento imediato destas;
4º Exigimos a disponibilização do orçamento gerencial da Universidade, tanto o proposto como o executado, bem detalhado, indicando a origem dos recursos (fonte) e o destino dado a eles, a partir do ano de 2009 ;
5º Revogação imediata do Meta 4! Posicionamento da Reitoria da UEM quanto o Decreto 3728/12.
Exigimos que a reitoria e o governo do Estado sinalizem o atendimento das reivindicações no prazo de 15 dias. Desde já informamos que os estudantes possuem disposição para garantir o cumprimento da pauta a partir dos mecanismos históricos de mobilização e radicalização do Movimento Estudantil.
Em anexo segue a Pauta de Reivindicações e Decisões Acordadas, com as observações contundentes, principalmente ressaltando os prazos vencidos.

Maringá, 28 de março de 2012.
Assinam: Conselho de Entidades Estudantil de Base; DCE – Movimente-se UEM.

Anexo:
 PAUTA DE REIVINDICAÇÕES E DECISÕES ACORDADAS
Reivindicação: CONSTRUÇÃO DE NOVOS BLOCOS E FINALIZAÇÃO DOS BLOCOS JÁ INICIADOS COM QUALIDADE ADEQUADA
Contra-proposta:
- Garantir o término de três blocos até o fim do ano de 2011.
- Iniciar licitação da segunda fase da Casa do Estudante em março de 2012.
Obs.: Construção dos blocos até fim de 2011 não foi cumprido! Prazo para licitação da 2ª fase da CEU está vencendo. Esclarecimentos da Reitoria.
Reivindicação: ABERTURA DE CONCURSOS PARA PROFESSORES EFETIVOS, VIGILANTES E TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS
Contra-proposta:
- Preenchimento de 75% do total das vagas necessárias para suprir a demanda de professores efetivos na Universidade, conforme necessidade de cada Departamento e curso.
- Preenchimento de todas as vagas ociosas relativas ao corpo docente (decorrente de falecimento, aposentadoria ou exoneração) da Universidade.
- Nomeação imediata de todos os docentes que já passaram pelo processo seletivo e aguardam convocação.
- Contratação de trinta (30) funcionários.
Garantia: compromisso da SETI com estas contratações.
Obs.: Não houve expansão de vagas para contratação. Fluxo contínuo não comporta a demanda. Esclarecimentos da SETI.
Reivindicação: TRANSFORMAÇÃO DAS BOLSAS TRABALHO EM BOLSAS DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO
Contra-proposta:
- Transformar 100 (cem) bolsas-trabalho em bolsas-pesquisa até junho de 2012.
- A partir do ano que vem, organizar toda a seleção dos bolsistas através de um processo de seleção que leve em consideração a condição socioeconômica dos mesmos.
Obs.: Primeiro item – que o prazo de junho de 2012 para a transformação das bolsas seja cumprido! E que uma nova resolução que revogue a Resolução N°  442/2007-CAD que regulamenta as Bolsas Formação Acadêmica, seja implementada pelo Conselho Administrativo – CAD, de forma que nossa reivindicação seja atendida e se torne política institucional desta Universidade. Segundo item – pauta PARCIALMENTE atendida. Verificamos que o processo de avaliação dos critérios socioeconômicos são falhos, não exigindo comprovação de renda, e somente comprovação de estudo em escolas públicas nos ensino fundamental e médio. Além desta bolsa ter apresentados sérios problemas no início do ano letivo, passando por uma suspensão e consequentemente por um atraso imensurável no pagamento, constatamos também a demora em chamar novos bolsistas, o que prejudica não só o funcionamento cotidiano da Universidade, mas principalmente os acadêmicos (em específico os calouros, já que é o único programa de bolsa que comporta estudantes do 1º ano) que dependem desta bolsa. Exigimos mais comprometimento desta Universidade com a Bolsa Formação Acadêmica! Seriedade nos critérios socioeconômicos e agilidade na transição para outros tipos de bolsa.
Reivindicação: REDUÇÃO DO PREÇO PRATICADO PELAS COPIADORAS DENTRO DO CAMPUS SEDE E DOS CAMPI REGIONAIS PARA R$ 0,07 A FOLHA COPIADA
Contra-proposta:
- Que o reitor garanta, através de ato executivo, o preço de R$0,07 por cópia ou marque uma reunião do CAD que se comprometa a defender esta reivindicação.
Obs.: Xerox da BCE e do NPD a R$0,07. Pauta cumprida.
Reivindicação: GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO E TRANSPORTE EM SAÍDAS DE CAMPO, CONGRESSOS E VISITAS TÉCNICAS
Contra-proposta:
- Manter a liberação do ônibus até o fim deste ano e que até o final de 2012 sejam lotados os ônibus nas extensões.
Obs.: Até agora o ônibus prometido pela SETI não foi liberado. Prazo vencido! Esclarecimentos da reitoria e da SETI.  Que o prazo dos ônibus das extensões seja cumprido.
Reivindicaçâo: MANUTENÇÃO E AUMENTO DO NÚMERO DE BEBEDOUROS E LIXEIRAS
Contra-proposta:
- Se comprometer com o prazo estabelecido até o fim deste ano (2011).
Obs.: Nada foi feito até agora. Prazo vencido! Esclarecimentos da Reitoria.
GARANTIA DE EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURA SEGUNDO A NECESSIDADE DE CADA CURSO, MOBILIÁRIO ADEQUADO EM TODOS OS BLOCOS PARA ASSEGURAR A QUALIDADE DOS CURSOS E E A SAÚDE DOS ESTUDANTES E PROFESSORES
- Criar um programa, na SETI, de apoio aos cursos de graduação, mediante diagnóstico e demanda apresentados pelos Pró-Reitores de Ensino das Universidades
Contra-proposta:
- Que o programa da SETI contemple representação estudantil. Propomos que o número de representantes discentes por Universidade seja de 2 (dois).
- Garantia da SETI.
Obs.: Esclarecimentos da SETI sobre o programa.
Reivindicação: CONSTRUÇÃO DA CONCHA ACÚSTICA E OUTROS ESPAÇOS DE VIVÊNCIA PARA A COMUNIDADE ACADÊMICA, NO CAMPUS SEDE E NOS CAMPI REGIONAIS
Contra-proposta:
- Que a reitoria se comprometa com um prazo para o início da licitação da obra. Sugerimos que seja até maio de 2012.
Obs.: Em relação à Concha Acústica, exigimos desde já:
1 – que os estudantes tenham acesso ao projeto, mediante a solicitação;
2 – descentralização da elaboração do projeto, competindo a todos os interessados a elaboração deste;
3 – reavaliação do programa de necessidades (quais atividades ocorreram no local, etc)
4 – readequação imediata do projeto, tendo como norte o prazo de licitação da obra para MAIO de 2012.
Reivindicação: FIM DE TODAS AS TAXAS, INCLUSIVE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU
Contra-proposta:
- Que a reitoria demonstre uma proposta de isentar os alunos que provem que não podem pagar de todas as taxas da Instituição.
- Que seja feita uma proposta ao CAD para a progressiva extinção das taxas.
Obs.: Até o momento nada foi levado ao CAD. Esclarecimentos da Reitoria, em conjunto com a comissão responsável por tal estudo.
Reivindicação: AQUISIÇÃO DE MAIS LIVROS PARA AS BIBLIOTECAS DE ACORDO COM A NECESSIDADE DOS CURSOS NO CAMPUS SEDE E NOS CAMPI REGIONAIS
Resposta:
- De acordo
- A SETI, juntamente com a Reitoria, viabilizará recursos, para o atendimento
Contra-proposta:
- Que a reivindicação seja atendida até o início do ano letivo de 2012.
Obs.: Prazo vencido! Esclarecimentos da Reitoria e da SETI se os recursos foram viabilizados para tais aquisições.
MAIS VERBAS PARA A LICITAÇÃO E CONSTRUÇÃO DA SEGUNDA E TERCEIRA ETAPAS DA CASA DO ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO
- Já informado anteriormente
Reivindicação: CONTRATAÇÃO DE SEIS FUNCIONÁRIOS PARA O RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO E A OPÇÃO DE ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA TODOS OS DIAS
-Resposta:
Ofício 557/2011 GRE: garantia de encaminhamento, pela SETI
Contra-proposta:
- Garantia de um complemento alimentar vegetariano para todos os alunos, todos os dias da semana.
Obs.: Sequer os dois dias de complemento vegetariano do ano passado foram mantidos. Exigimos, para além de esclarecimentos, urgência em aumentar o número de funcionários do R.U e que o complemento vegetariano seja oferecido todos os dias!
Reivindicação: BOLSA DE AUXILIO INCLUSÃO PARA TODOS OS ESTUDANTES QUE NECESSITEM DE SUBSÍDIO DE ACORDO COM SUA RENDA, ASSEGURANDO TODAS AS REFEIÇÕES NO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO, BEM COMO O SUBSÍDIO DE QUINHENTAS CÓPIAS E DUZENTAS E CINQUENTA IMPRESSÕES MENSAIS
Contra-proposta:
- Criação imediata de 15 (quinze) vagas deste auxílio aos estudantes que atualmente trabalham no Restaurante Universitário.
- Ampliação de 50 (cinqüenta) vagas a partir do início do ano de 2012.
- Criação de 15 (quinze) vagas para os campi regionais, assim que entre em vigor o programa de alimentação subsidiada.
Obs.: O prazo para as 50 novas vagas está vencido! Estamos cientes quanto ao andamento desta questão, que por estar sendo tomadas providências somente agora, fez o prazo da ampliação de vagas para início de 2012 não ser cumprido, de forma irresponsável! Exigimos lançamento do edital para a bolsa auxílio-alimentação em caráter de urgência, ressaltando que este programa não se trata somente do campus sede, mas também nos campi regionais, onde teremos mais as 15 vagas.
Reivindicação: CONSTRUÇÃO DO RU-2 E RU NOS CAMPI REGIONAIS
Contra-proposta:
- Licitação para a obra de ampliação do Restaurante Universitário até o início de 2012.
- Realização imediata da licitação nas extensões e conclusão das obras de construção do R.U. nas extensões até o fim de 2013.
- Imediato início da elaboração do projeto do R.U. II, com previsão de conclusão das obras até o fim de 2013.
Obs.: Licitação da ampliação do R.U com prazo vencido! Esclarecimentos da reitoria.
Reivindicação: REVERSÃO DO CORTE DE VERBAS! 10% DO PIB PRA EDUCAÇÃO DE FORMA IMEDIATA E VIS AMPLIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO SOBRE AS GRANDES FORTUNAS, POR UM PLANO ESTUDANTIL DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL COM RUBRICA ESPECÍFICA DE 400 MILHÕES DE REAIS
Contra-proposta:
- Compromisso da SETI com o prazo de novembro de 2011 para o envio da verba cortada do orçamento da Universidade.
- Encaminhamento de um ofício da SETI para o MEC até o final de setembro exigindo 10% da destinação do PIB para a educação pública imediatamente, com cópia de recebimento ao DCE-UEM.
Obs.: Esclarecimentos da Reitoria sobre a verba, e da SETI sobre a ofício ao MEC! Prazo vencido para tais pautas.
Reivindicação: BOLSAS PARA TODOS DO MESTRADO E DOUTORADO
Resposta:
- Garantia de ampliação, pela Fundação Araucária, e ampliação, mediante negociação, com a CAPES e CNPq
Contra-proposta: não há.
Reivindicação: AUMENTO DO VALOR DAS BOLSAS
Contra-proposta:
- Apresentar uma proposta de aumento no valor das bolsas na discussão do orçamento do ano que vem, visando equiparar o valor-hora de todas as bolsas tendo por base as bolsas de pesquisa do CNPq.
Obs.: Não houve proposta de inclusão deste aumento no orçamento de 2012. Esclarecimentos da Reitoria.
Reivindicação: INSTALAÇÃO ADEQUADA E RECURSOS PARA OS PÓS-GRADUANDOS DESENVOLVER A PESQUISA
Resposta:
- De acordo, mediante editais da Fundação Araucária
Contra-proposta: não tem.
Reivindicação: COTAS DE XEROX E IMPRESSÃO PARA A PÓS-GRADUAÇÃO
-Resposta:
Matéria a ser encaminhada ao CAD
Contra-proposta:
- Se comprometer com a defesa de um parecer favorável frente ao CAD.
Obs.: esclarecimento da reitoria com a comissão responsável por tal estudo. Até então nada foi enviado ao CAD.
Reivindicação: CRITÉRIOS CLAROS NA SELEÇÃO E NA DISTRIBUIÇÃO DE BOLSAS NA PÓS-GRADUAÇÃO
Resposta:
- Regulamento dos programas
Contra-proposta:
- Instituição de uma proposta de cotas sociais para a distribuição de bolsas de mestrado.
Reivindicação: CASA DO ESTUDANTE TAMBÉM PARA O PÓS-GRADUANDO
Resposta:
- Alunos da pós-graduação também poderão ter acesso à Casa do Estudante
Contra-proposta: não há.
Reivindicação: CENTRO DE TRADUÇÃO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Contra-proposta:
- Contratação de estagiários do curso de Letras para lecionar no Instituto.
- Isenção de taxas e mensalidades para a comunidade acadêmica.
Obs.: Esclarecimento da reitoria com a comissão responsável por tal estudo.
Reivindicação: GARANTIA DE NÃO CRIMINIZAÇÃO DA OCUPAÇÃO! CONTRA A PRESENÇA DA POLÍCIA NO CAMPUS!
Resposta:
- Segundo o Reitor, a partir do momento em que as negociações, baseadas no diálogo, não surtirem efeito, e a Universidade passar a ter prejuízos, como a perda de recursos, pareceres e soluções que dependam da Reitoria, será preciso uma ação que garanta a reintegração de posse. "Como gestor, sou responsável pelo andamento de todas essas questões, por isso tenho de ter moralidade, ética, eficiência, legalidade e transparência, princípios que regem a administração pública", enfatizou
- Para o Secretário, o diálogo permanente com os representantes das Universidades é fundamental, para que o Governo consiga melhorar, cada vez mais, a Educação, no Estado. Ele se dispôs a receber os estudantes de todas as Universidades, periodicamente, e destacou a ideia de implementar, no Sistema Estadual de Educação, política unificada e de qualidade para todos os níveis de ensino, enfatizando que a participação de todos os estudantes é importante, nesse processo.
Contra-proposta:
- Garantir a não abertura de processos internos ou externos contra qualquer membro da comunidade acadêmica que participou da ocupação da reitoria. Como estudantes, somos responsáveis pelo acompanhamento de todas estas questões, por isso temos de ter moralidade, ética, eficiência, legalidade, transparência e garantia de não criminalização desta luta legítima pela educação pública, luta que é de toda a sociedade.
Obs.: Esclarecimento da Reitoria quanto a abertura de inquérito na Polícia Federal, do ano passado.

terça-feira, 27 de março de 2012

28 de março: Dia Nacional de Luta dos Estudantes!

"28 de Março é celebrado o Dia Nacional de Luta dos Estudantes. Esta data homenageia o secundarista Edson Luís de Lima Souto que em 1968 foi assassinado com tiros a queima roupa pela Polícia Militar, no Rio de Janeiro. Fora o primeiro estudante que tombou morto diante da ditadura. Ele participava de um ato no restaurante estudantil Calabouço, foco de grandes mobilizações, reivindicando melhorias na alimentação, diminuição no preço e o término das obras do local. A PM adentrou o restaurante metralhando indiscriminadamente, deixando vários feridos e outros mortos, como o estudante Benedito Frazão Dutra, que faleceu dias depois.
Velório de Edson Luís

O corpo de Edson Luís foi levado imediatamente pelos próprios companheiros para ser velado na Assembleia Legislativa, e depois por cerca de 50 mil pessoas para ser sepultado. Nem sua missa de 7º dia foi poupada, onde os militares voltaram a atacar os presentes na igreja da Candelária, deixando outros feridos. A morte de Edson Luís gerou comoção e revolta nacional. Organizaram-se nos meses seguintes combativas passeatas e greves gerais com milhares de pessoas em mais de 20 cidades em todo Brasil, às quais tiveram mais presos, feridos e outros mortos pela ditadura."
E, por muita coincidência, a Assembleia dos Estudantes do dia 20/03 na UEM definiu a data do Ato de Retomada das Pautas para amanhã, dia 28 de março! Em pleno Dia Nacional de Luta dos Estudantes, o Movimento Estudantil da UEM sairá às ruas reivindicando nossas pautas e mostrando a verdadeira cara que um movimento estudantil deve ter e ser: combativo!

ATO DE RETOMADA DAS PAUTAS DA OCUPAÇÃO
Concentração às 13h30 em frente ao DCE!
dia 28 de março de 2012!

Manuel Gutiérrez e Edson Luís PRESENTE!

Pense, participe, e Movimente-se!

sábado, 24 de março de 2012

C.E.E.B Hoje, 14h no R.U

Galera, lembrando a tod@s que hoje (sáb, 24/03) tem C.E.E.B, que foi tirado na Assembleia dos Estudantes da terça-feira, dia 20/03.

O principal intuito deste CEEB é fomentar a nossa organização e mobilização para tal dia. Precisamos "dar um gás" no nosso movimento, retomando nossas pautas e fazendo com que nossas reivindicações saiam do papel! De olho nos Prazos!!!

O DCE discutiu em reunião a seguinte proposta de pauta para o CEEB:
- Informes;
- Discussão acerca das assembleias e decisões docentes da UEM;
- Apresentação da proposta de Carta ao reitor;
- Recomposição das Pautas de Acompanhamento.

A participação neste CEEB é importantíssima, não só os C.As, mas todos que quiserem acompanhar as discussões de perto.

Pense, participe e movimente-se!

sexta-feira, 23 de março de 2012

Diretoria da Sesduem propõe recuo!!! Docentes voltam atrás e acatam proposta do Governo

"Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (23) no anfiteatro do Dacese, convocada pela Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Maringá (UEM), os professores acataram a proposta do Governo do Estado de recomposição salarial em 4 anos a partir de outubro, com aumento de 7,14% por ano até 2015, mais o dissídio. Foram 68 votos a favor e 48 contrários..."

Leia na íntegra: http://maringa.odiario.com/maringa/noticia/556199/sindicato-dos-docentes-acata-proposta-de-reajuste/


Por enquanto, a ameaça de greve não está mais em voga, mas os docentes tirarão um calendário de luta.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Repasses da Assembleia dos Estudantes (20/03)

Ontem, terça dia 20/03, aconteceu na UEM 2 importantes assembleias:
As 16h a assembleia dos docentes puxada pela SESDUEM, e logo após, por volta das 19h30, a dos Estudantes.

Na Assembleia dos Docentes, foram apresentadas as contrapropostas do governo do estado em relação a reivindicação salarial. Os docentes da UEM não aceitaram nenhuma das propostas e marcaram uma assembléia para sexta feira dia 23/03, às 9h no DACESE, para discutir principalmente o indicativo de greve!

A base dos professores está bastante tensa, e tende à radicalização da luta. Eles estão bastante descontentes com as negociações que rolaram entre os reitores e os secretários lá em Curitiba. Temos notícias de que pelo menos a UNICENTRO e a UEL estão com sério indicativo de greve.



Logo após a assembleia da SESDUEM, iniciou-se a assembléia dos estudantes. Debatemos a necessidade de pautarmos nossas reivindicações de forma autônoma. Construindo um movimento estudantil independente, que defenda suas próprias pautas. Temos que lutar pela unificação! Mas não à reboque das diretorias dos sindicatos! 

Enquanto o movimento sindical detém a greve como forma de luta, o Movimento Estudantil tem, para além das Pautas Acordadas da Ocupação da Reitoria, a mobilização dos estudantes! Na assembleia não foi descartada a possibilidade de ocuparmos a reitoria de novo esse ano, pois é um meio de luta para termos mais força e visibilidade.

Ressalta-se também a necessidade da retomada do trabalho de base, passagem em sala, realização de assembleias de cursos e de Centros da Universidade...

A Assembleia deliberou:

- CEEB (conselho estudantil das entidades de base) para o dia 24 – Sábado.

- Ato para o dia 28/03, com entrega (mais uma vez) da pauta estudantil para a reitoria, pressionando para que sejam retomados os prazos! O prazo da resposta do reitor a nós será dia 11/04.
- A mobilização será pautada no corte de verbas e a pauta da ocupação;
- A construção de um material com os dados técnicos sobre o corte de verbas, fazendo as informações circularem entre os estudantes.

Soltaremos a ata completa da assembleia em breve.

Chega de enrolação! Educação é prioridade.
Pense, participe e Movimente-se!!! 

terça-feira, 20 de março de 2012

Assembleia dos Estudantes HOJE, às 19h

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Atenção estudantes!

Conforme deliberado na Assembleia do dia 14/03 no R.U, hoje, dia 20/03, haverá mais uma Assembleia dos Estudantes da UEM.
Inicialmente havíamos tirado o horário para as 17h30, porém, tivemos a informação de que o governador só  dará resposta aos professores às 16h30, o que alongará a assembleia da SESDUEM, que será a partir das 16h também no DACESE.

-> A nossa pauta será principalmente a discussão da resposta do governo aos professores. É importante sabermos e discutirmos a nova proposta de equiparação salarial dos docentes devido o indicativo de greve.

Outro ponto importante desta Assembleia é anexar junto às Pautas da Ocupação e da Resolução tirada no CEEB, as pautas específicas de cada curso! Então C.As, quem já tiver com pauta específica do curso elaborada, leve-a na assembleia!

É hora do movimento estudantil da UEM se reorganizar e focar nos prazos das nossas pautas. Por uma Universidade Pública, gratuita e de qualidade de verdade!

Pense, participe, e Movimente-se!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Nota sobre dia 14/03


O Diretório Central dos Estudantes, Gestão Movimente-se 2011-2012, vêm a público esclarecer que:
1 - A decisão de atear fogo nas barricadas construídas nos portões não se trata de uma decisão deliberada por essa entidade;
2 - As pichações nos muros da universidade não foram deliberadas nos fóruns dessa entidade;
3 - A nota pública da Anel, organização que compõe o DCE, divulgada durante as atividades do dia 14/03, não representa o posicionamento dessa entidade.

Consideramos, no entanto, que nenhum estudante deve ser criminalizado pelos fatos ocorridos. A universidade vive um momento de crise e todo nosso esforço deve se concentrar em barrar a precarização das IEES paranaenses em defesa do atendimento das reivindicações, com o objetivo de construção da universidade que queremos. E para garantir o cumprimento desses objetivos, de construção de uma universidade popular, só com a mais plena unidade entre a comunidade universitária. Toda e qualquer divisão nesse momento só fortalece o projeto tucano de privatização.

Reforçamos nosso chamado à tod@s estudantes e à comunidade para construirmos a unidade necessária para vencer!

"É melhor morrer de pé que viver de joelhos!"
Emiliano Zapata

Avaliação do Movimento de Paralisação


Avaliação do Movimento de Paralisação do dia 14 de março de 2012

O dia 14 de março foi tido na UEM como mais um dia de luta! Professores, servidores e estudantes, mesmo com suas pautas específicas, estavam unidos em defesa da Universidade Pública.
       O Diretório Central dos Estudantes procurou se organizar para esta data, porém tivemos muitas dificuldades durante estes dias devido o acúmulo de atividades, um acontecimento atrás do outro, uma série de questões que acontecem diariamente dentro da universidade que necessitam respostas e ações imediatas, o que dificultou nossa organização para o dia 14.
       A importância de construirmos a paralisação se deu por dois principais motivos deliberados na Assembleia dos Estudantes realizada dia 07/03. Sobre a paralisação: foi deliberado que os estudantes não só apoiariam a paralisação do dia 14/03, como também a realizariam. Sobre a unificação das pautas: deliberou-se que os estudantes iriam propor a unificação das pautas dos servidores técnicos e docentes, e na Assembleia do Sinteemar do dia 12/03, a base de tal sindicato decidiu por fazer juntos uma assembleia para que houvesse a unificação das pautas de reivindicações direcionadas ao governo do Estado.
       Na Assembleia do Sinteemar, foi tirado que os portões não seriam abertos, pois os vigilantes não abririam, afinal, são servidores da UEM e têm todo o direito de manifestar-se aderindo à paralisação. Ainda no dia 13/03, no fim da tarde, tivemos a notícia de que a reitoria fez uma reunião e ordenou aos vigias que trabalhassem normalmente para abrir os portões e os blocos. Neste sentido, mais do que em solidariedade aos vigias, mas também por objetivos táticos, decidimos em reunião que trancaríamos os portões com corrente e cadeado e colocaríamos pneus e troncos de arvores com o fim claro de não permitir a abertura dos portões, garantindo assim a paralisação.
     Outro ponto importante a ser levantado, e também como forma de explicar aos que ainda desconhecem, os servidores técnicos e docentes da UEM são organizados em dois sindicatos, sendo a SESDUEM (Seção Sindical dos Docentes da UEM-ANDES-SN/CSP-Conlutas) representante dos docentes filiados, e o Sinteemar (Sindicato dos trabalhadores da educação de Maringá, filiado à CUT) de alguns docentes e dos servidores técnicos. Estes dois sindicatos são divididos e não dialogam entre si por motivos políticos, o que dificulta ainda mais a unidade da luta dentro da UEM. Como um não apoiava a paralisação do outro, no dia 07/03 a UEM funcionou normalmente e no dia 14/03 muitos docentes iriam dar aula. Demonstra-se, portanto, mais um motivo da necessidade da não abertura dos portões, para que não houvesse mais desmobilizações, afinal, deliberamos que aquela também era uma paralisação estudantil, o que remete em não ter aula.
      Durante o ato pela manhã, houve muita tensão e até a PM foi acionada. Sofremos agressões por parte de funcionários, professores e terceiros como o marido de uma professora da UEM que em uma ação grosseira passou por cima da calçada e quebrou a câmera que utilizávamos para registrar a manifestação. Sofremos também ameaças de atropelamento e muitas ofensas. Isso demonstra o quanto ainda tem pessoas desinformadas dentro da nossa Universidade, pessoas que com certeza sentem os problemas, porém não se solidarizam e não se mobilizam para mudar o atual cenário.
     O auge dessa manhã conturbada foi quando tivemos a notícia da diretoria do Sinteemar de que não haveria mais a Assembleia Unificada entre a base deles e os estudantes. Traição é a palavra que traduz esta atitude. Essa fala da diretoria do Sinteemar de descontruir o que já havia sido feito, onde professores, técnicos e estudantes aguardavam pela unificação das pautas gerou um imenso transtorno ao movimento. Após um diálogo fervoroso entre alguns membros do DCE com o diretor do Sinteemar, foi mantido o espaço para que houvesse a unificação das pautas. Simultâneo a esse acontecimento, tivemos a notícia de que atearam fogo nos pneus em alguns portões.
    O fogo foi algo que surpreendeu a todos e todas que construíam o movimento no dia 14. Afirmamos com clareza de que tal atitude não foi deliberação do DCE. Nosso coletivo, a Movimente-se UEM, não se responsabiliza pelo ato, que com certeza foi algo pensado à parte, por fora do movimento. De qualquer forma, não criminalizamos o ato tendo em vista que não houve depredação do patrimônio público, somente a tintura do portão foi comprometida, contrário do que se tem dito, tampouco houve danos morais ou físicos a terceiros. Ao termos ciência do fogo, muitos de nós, estudantes, se mobilizaram rapidamente para apagar o fogo dos 3 portões, junto com outros servidores, pegando extintores e mangueiras.
    Cabe aqui mais alguns esclarecimentos: 1) a Movimente-se UEM só se reuniu para realizar esta avaliação no dia 15/03, às 17h30 na sede do DCE. Notas anteriores a esta reunião como a da Anel, entidade que compõe nossa gestão, não explicita o parecer final do DCE sobre o caso. 2) A nota publicada no site da UEM em nome do Reitor Prof. Julio demonstra bem o descaso da administração desta universidade em relação às pautas de reivindicações estudantis e distorção dos fatos. Como já dito acima, estudantes também apagaram o fogo, evitando que pudesse haver de fato mais estragos. A luta realmente é de todos, mas devemos reconhecer o quanto o DCE – Movimente-se UEM tem se dedicado a levar essa luta adiante, procurando unificações e não segregações!
    Sobre as pichações, ressaltamos de que não há dentro de nossa Universidade um debate sério sobre esse modo de expressão. O que podemos afirmar é que tratam-se de ações individuais, totalmente fora do controle do DCE, que em nada tem a ver com essas ações. Podemos, enquanto representantes dos estudantes e engajados em discutir questões políticas e culturais, iniciar esta discussão, fomentando um debate amplo e construtivo para tratarmos destes fatos.
      O sensacionalismo colocado nos fatos supracitados é extremamente prejudicial ao o que o movimento é em sua essência. Não podemos deixar que uma ação secundária como esta se sobreponha a toda uma luta que vem se desdobrando desde o ano passado, que chega a seu ápice com o levante dos professores e servidores, demonstrando que a Universidade Pública passa por um momento conturbado causado pela política neoliberal do Governo do Beto Richa. O corte de mais de 53% do orçamento se mantém, as promessas com as pautas dos servidores se estendem em datas absurdas, nossa Pauta de Reivindicações da Ocupação sequer foi tratada até agora, todas essas questões permanecem em aberto. Não temos ônibus para ir a eventos, não temos salas de aulas e laboratórios, não temos professores, não temos se quer o complemento vegetariano, determinado ano passado de que haveria pelo menos 2 vezes por semana, o RU permanece precário!!!
   O ano de 2012 foi a continuação de um processo covarde de privatização e sucateamento da Universidade Pública, indo totalmente contra nossas pautas levantadas no ano anterior. Aos poucos, o atual governo do Estado retoma as ideias do Projeto 32 de Lerner, ferindo a autonomia universitária em um sentido mais restrito, como o Meta 4 que engessará o financeiro da UEM, travando-a tecnicamente (afetando a contratação de professores e técnicos temporários) e politicamente (autorizando movimentações financeiras que sejam do interesse do governo, caso não o seja, a liberação do dinheiro é negado).
    O susto com o corte absurdo no orçamento no início do ano só nos fez acordar para algo óbvio. A lógica do governo Beto Richa é simples de ser entendida: corta-se verbas públicas, sob justificativas falsas de que “não há recursos”, para que as instituições públicas se vejam forçadas a abrir suas portas à iniciativa privada, que tem total interesse em se inserir num espaço que certamente irá gerar muita renda e lucratividade, como as IEES e as Instituições de Saúde, por exemplo.
    Somos todos cidadãos! Pagamos nossos impostos, temos direitos e deveres. O mínimo que o Estado deve garantir é uma educação pública, de qualidade, gratuita e ao alcance de todos. Quando saímos às ruas em protesto não estamos fazendo nada além de lutar para garantir os nossos direitos. Devemos sair do comodismo de achar que “reclamamos de barriga cheia”, nossas reivindicações são legítimas e caracterizam um movimento que garantirá, mesmo que a longo prazo, uma Universidade que de fato queremos e precisamos, aliás, que já deveríamos ter! 
    Por isso a unidade na ação entre professores, técnicos e estudantes é essencial. Somos a base de uma instituição totalmente hierarquizada, onde os poderosos continuarão no topo da pirâmide, sempre determinando as ações de cima para baixo. A Universidade é nossa, e devemos agir em defesa não só dela, mas de toda a educação pública, que está passando por um momento bastante conturbado.
    De qualquer forma, avaliamos que as mobilizações que vem acontecendo neste ano, do dia 07 até o dia 14 foram positivas. Estamos finalmente encaminhando a luta em defesa da educação pública a um nível estadual, articulando com todas as Universidades Estaduais do Paraná, ao mesmo tempo que, no nível micro, isto é, internamente na UEM, vemos nossas reivindicações unificadas com as das demais categorias (professores e técnicos) crescerem a tomarem uma dimensão que, se não seguir em direção a greve, seguirá diretamente para conquistas e vitórias.

Juntos podemos mudar o rumo da história!


Maringá, 16 de março de 2012.
Diretório Central dos Estudantes – Gestão Movimente-se UEM

terça-feira, 13 de março de 2012

Cronograma das atividades da Paralisação do dia 14/03

Galera! Segue o cronograma das atividades da Paralisação na UEM (campus sede)
Reforçamos: Paralisação não é feriado! Quarta-feira é dia de luta!
Pela unificação dos servidores técnicos, docentes e estudantes: todos na luta pela Educação Pública, Gratuita e de Qualidade!

Movimente-se pela paralisação!

PARALISAÇÃO DIA 14/03!


Dia 14/03: Mais uma quarta-feira de Luta!

Nesta quarta a mobilização nas Universidades Estaduais do Paraná continuam!
Conforme tirado em Assembleia no dia 07/03, desta vez os estudantes da UEM também vão paralisar e teremos uma Assembleia unificada: estudantes, servidores técnicos e docentes.

Paralisação é sinônimo de MOBILIZAÇÃO! Por isso não é dia de ficar em casa, é dia de vir pra UEM e mostrar força e união na luta por uma Educação Pública, gratuita e de qualidade para todos!
É hora de dar um basta ao desrespeito que a educação no Paraná vem sofrendo, das escolas públicas às universidades.

Em breve soltamos o cronograma das atividades do dia 14/03! Teremos oficinas o dia todo e atividades culturais durante a noite.

Movimente-se!



segunda-feira, 12 de março de 2012

Repasses: Ato em Curitiba e Ato/Assembleia na UEM 07/03!

Estudantes reunidos na escadaria da UFPR, na pç. Sts. Andrade
Dia 07 de março de 2012 com certeza foi um dos dias mais importantes para o Movimento Estudantil da nossa Universidade (UEM), assim como das demais universidades estaduais paranaenses: um dia de luta, onde a maior conquista foi obter o contato, tete-a-tete com os estudantes das estaduais.

Os problemas que as instituições de educação pública vêm sofrendo, devido os ataques constantes da política neoliberal do governo Beto Richa, estão cada vez mais visíveis, e a necessidade de nos unirmos contra esses ataques se tornou essencial.

Segue o balanço das principais deliberações do ato em Curitiba:
- Estavam presentes as Universidades:
UNIOESTE Toledo, Marechal C. Rondon, Francisco Beltrão;
UNESPAR;
UEPG;
UNICENTRO;
e UFPR e PUC/PR como apoiadores.

- Deliberação principal: Foi montada uma comissão para dar andamento nas articulações estaduais. Comissão essa formada por dois representante de cada universidade, exceto Unioeste, que é multi campi, por isso um representante de cada campi. Deliberamos que a primeira reunião desta comissão será em Maringá dias 06 e 07 de Abril de 2012. 

Cabe ao DCE da UEM dar início a essa articulação, chamando as outras IEES para realizar suas pautas (ver sua demanda com a base), para que nos dias 06 e 07 já tragam algo preliminar.

- Repasse do Rafael Crozatti, representante discente que participou da reunião com os docentes e o governo, em Curitiba: agora já existe um documento que garante o mesmo orçamento de 2011 para 2012. Os professores que já passaram no concurso serão contratados, mas somente esses que já estavam previstos, assim como alguns os agentes para o H.U. Alípio Leal disse que o meta 4 não influencia na autonomia das IEES, fala essa que sabemos ser falsa, de qualquer forma o Meta 4 deve ser melhor discutido nas Universidades, em todas as categorias (técnicos, docentes e estudantes). De acordo também com Alípio Leal, a Pauta da ocupação será retomada depois de 20/03.

Ato seguido de Assembleia na UEM e nos campi regionais
Assembleia dos estudantes no campus sede, em frente a reitoria

Ato foi positivo, no auge havia aproximadamente 200 pessoas, mesmo com a universidade parada. 
A Assembleia deliberou que nós, estudantes, estamos em assembleia permanente, e deliberou também a proposta de uma assembleia unificada com professores e funcionários.
Paralisação do dia 14/03 também ficou aprovada, tendo 1 voto contra e 1 abstenção.
Débora, do DCE, estava na Assembleia da SESDUEM e propôs a assembleia unificada que no momento não foi aprovada, mas o diálogo continua. A SESDUEM também está em assembleia permanente e aprovou a campanha “Equiparação Salarial já!”. Um professor falou, na assembleia, da importância de unir os estudantes e servidores aos professores, pois apesar do motim docente ser a equiparação salarial, a UEM apresenta muitas outras demandas que são fruto do mesmo problema: o objetivo do governo em privatizar a educação pública.

Nos campi regionais:
Goioere: bastante satisfatório, assembleia bem positiva, acreditam que conseguirão o D.A (Diretório Acadêmico). As pautas de Goioere estão no blog.
Umuarama: pessoal bem organizado, debateram sobre a resolução do CEEB, assembleia tinha aproximadamente 100 pessoas, e também levantaram uma pauta.
Cianorte: professores aderiram a paralisação, pediram para todos irem de preto, encheram o anfiteatro, mas precisamos de mais informações sobre os encaminhamentos de lá.

Lembrando que estamos fazendo reuniões diárias às 17h30 no DCE.
Pense, participe, Movimente-se!!!
Comissão de Comunicação - DCE Movimente-se UEM

 

Campanha Diga Não a Incineração do Lixo em Mgá

Clique na imagem para ampliá-la!

- Estamos coletando assinaturas no DCE/UEM! Passe por lá e informa-se

Diga NÃO à incineração do lixo em Maringá!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Assembléia do curso de Engenharia Têxtil do câmpus de Goioerê - UEM


Em assembléia, realizada no dia 7 de Março de 2011, os estudantes do curso de Engenharia Têxtil do câmpus de Goioerê da UEM, reivindicam:


- todo apoio à paralisação dos professores da UEM! pelo cumprimento das pautas do Movimento de Ocupação da Reitoria "Manuel Gutiérrez"! contra o corte de verbas do governo Beto Richa!


- abertura de concurso para professores efetivos (a maioria dos professores deste curso são temporários, o que impede que estes tenham estabilidade e possam se dedicar ao ensino e à pesquisa)


- melhor distribuição das bolsas PIBIC (no curso de Engenharia Têxtil existe somente uma bolsa de pesquisa científica, o que fere o tripé que constituí a universidade pública: ensino, pesquisa e extensão)


- marmita subsidiada pela universidade (os estudantes por muitas vezes têm que ficar o dia inteiro na universidade, e pelo fato dela se localizar longe do centro, onde a maioria mora, eles são obrigados a comprar marmitas de um restaurante ou comer salgados na cantina)


- o xerox e a cantina da universidade devem permanecer abertos durante todo o período de aulas, ou seja, de manhã, tarde e noite (muitas vezes os estudantes se deparam com a cantina fechada no meio da aula ou com o xerox também fechado)


- aquisição do software AUTOCAD para o Laboratório de Informática da UEM de Goioerê (este é um software muito usado pelas engenharias e é uma demanda antiga dos estudantes)


- descentralização no que tange a compra de livros e pela aquisição de mais livros para a biblioteca do câmpus (muitos livros, como de cálculo integral, são usados por pelo menos três cursos do câmpus: Engenharia de Produção, Física, Engenharia Têxtil e Licenciatura Plena em Ciências, o que faz com que eles sejam muito procurados e não existem em grande número)


Link da notícia do site Goionews: http://www.goionews.com.br/?Conteudo=news&id_noticia=27697&id_edicao=1497

terça-feira, 6 de março de 2012

Resolução CEEB 03/03/2012

EM DEFESA DA UNIVERSIDADE PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE E PARA TODOS. CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE!


O Conselho Estudantil de Entidades de Base reunido no dia 4 de março de 2012, decide:

Considerando a situação atravessada pelas universidade públicas estaduais do Paraná e as posturas perversas do governo tucano, que busca reduzir os investimentos na educação pública numa tentativa de sucatear a universidade para privatizá-la no futuro.

Considerando que o governo de Estado do Paraná descumpre os sucessivos acordos com as três categorias das IEES paranaenses o que leva à mobilização de professores e funcionários nos próximos dias 7 e 14 de março com manifestação marcada em Curitiba.

O Conselho Estudantil de Entidades de Base, reunido no dia 3 de março de 2012, decide convocar os estudantes a apoiar a paralisação dos professores no dia 7 de março, convocando Assembleia Geral dos Estudantes da UEM às 18 h nesse mesmo dia, em frente a reitoria, após manifestação simultânea a realizada em Curitiba com concentração às 16h.

Para tanto o conjunto de estudantes decide deflagrar o processo de mobilização com base na cobrança do atendimento imediato dos acordos firmados entre o Movimento de Ocupação Manuel Gutierez, a Administração da UEM e o Governo do Estado, e em oposição clara às posturas privatistas do governo estadual.. Convocamos os estudantes a somarem-se a essa luta em defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade, para todos e com finalidade social.

Sendo assim, exigimos:

- Revogação imediata do Decreto nº 3728 – Meta 4, que fere a autonomia financeira universitária, impedindo ações que devem ser de iniciativa da própria Universidade, como a contratação de professores temporários, deixando a instituição totalmente submetida ao Governo do Estado. A consequência da inserção das IEES no Meta 4 é a dificuldade de contratação de funcionários temporários ao engessamento político destas, pois toda movimentação financeira passará pelo crivo do governo, que julgará a liberação ou não dos recursos, levando a universidade a buscar recursos na iniciativa privada, subvertendo a função social da universidade.

- Por mais verbas para todas as Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) do Paraná, pela reversão imediata dos cortes de verba!

No caso específico da UEM, a readequação orçamentária, que utiliza o orçamento executado em 2011 para 2012, não atende à demanda da nossa Universidade, pois o orçamento no ano passado possuía o corte de 38%, com mais cortes ao longo do ano, ao tirarem 15% de cada Secretaria, inclusive da SETI.

- Garantia de democracia universitária: Paridade nos conselhos e voto universal pzara as eleições.

- Pela equiparação salarial dos docentes e técnicos administrativos;

- Pelo cumprimento do acordo de reajuste salarial em 31,75% dos professores e funcionários.

- Pela garantia do cumprimento do projeto original de construção do HURM, que garanta o ensino-aprendizagem com qualidade.

- Construções:

1. Construção de blocos novos e finalização dos blocos em andamento.

2. Ampliação imediata do RU-I e construção do RU nas extensões.

3. Licitação imediata da segunda fase da Casa do Estudante.

4. Produção imediata de um projeto e de uma licitação para a construção da Concha Acústica!

A Casa do Estudante é pauta de luta estudantil da UEM desde a sua fundação. Os sucessivos governos e administrações comprometem-se com a pauta e a abandonam. A primeira fase foi conquistada a custo de anos de mobilização, no entanto a Casa do Estudante está com as obras paradas colocando em risco uma conquista dos estudantes.

Os blocos de aula e laboratórios existentes são insuficientes e não têm estrutura adequada, prejudicando os processos de construção do conhecimento na universidade.

- Contratação

1. Contratação imediata de 30 funcionários, incluindo aí os 6 funcionários a serem contratados para o RU, de modo a suprir a demanda que aumenta a cada dia.

2. Nomeação imediata dos técnicos e docentes aprovados.

3. Nenhuma disciplina sem professor, pelo preenchimento imediato de 75% do total das vagas necessárias para suprir a demanda de professores efetivos da instituição.

O governo do estado, apesar do compromisso assumido, informa que apenas serão contratados funcionários para o HU, cujo edital de convocação está vencendo. E apesar da proposta de contratação em fluxo contínuo, ou seja, somente em casos de exoneração, falecimento é incapaz de suprir a demanda para o pleno funcionamento da universidade.

- Bolsas:

1. Preenchimento imediato das vagas disponíveis para as bolsas-trabalho.

2. Aumento no número de bolsas, tendo em vistas um programa de auxilio-estudo.

3. Reajuste imediato no valor das Bolsas-Trabalho, com aumento progressivo visando equiparação com salário mínimo.

4. Transformação imediata de 100 bolsas-trabalho em bolsas de pesquisa.

5. Criação imediata de 50 vagas para o Auxílio-Alimentação, no campus sede e nos campi regionais, e regularização das 12 vagas atuais.

As bolsas na UEM vem sofrendo ataques sucessivos desde o ano passado. Primeiro o CAD visava a redução no valor das bolsas em R$ 60,00. E desde o início do ano a Administração não preencheu o número de bolsas disponível, alegando que não possui verba para fazer o pagamento, devido aos cortes do governo estadual.

Contudo sabemos que o problema das bolsas são maiores do que isso. Sempre defendemos uma política de não utilização do trabalho-estudantil na universidade, afirmando que estudante vem para a universidade para estudar. Contudo, sabemos que hoje, as bolsas são um meio importante através do qual o estudante consegue se manter na universidade, sem precisar trabalhar em período integral, sobrando assim tempo para se dedicar aos estudos. Por isso defendemos que progressivamente a administração da universidade deve substituir as bolsas trabalho por bolsas pesquisa, continuando assim a dar esse incentivo social ao estudante, mantendo o parâmetro social para a distribuição das bolsas, ao mesmo tempo em que faz a contratação massiva de funcionários, visando o funcionamento normal da universidade.

- Garantia de participação e transporte em saídas de campo, congressos e visitas técnicas. Liberação imediata de ônibus pela SETI.

É inaceitável a universidade não possuir combustível de modo a prejudicar o andamento das pesquisas, obrigando estudantes e financiarem seus estudos, infertendo a lógica da universidade pública.

- Garantia de equipamentos e infraestrutura segundo a necessidade de cada curso para assegurar sua qualidade, e a segurança de alunos, professores e funcionários. Incluindo aí a necessidade de mais livros para a biblioteca, tanto no campus sede como nos campus regionais.

Desde ano passado inúmeros problemas são acusados pelos estudantes de diferentes cursos no que tange a infraestrutura. O comprometimento do Secretário do governo, Alípio Leal, com essa pauta, em nada mudou essa situação. Nenhuma iniciativa foi tomada, nem pelo Estado, nem pela Reitoria, e dia a dia novos problemas surgem. Podemos afirmar que hoje, em todos os cursos da universidade existem algum tipo de problema relacionado a infraestrutura. Desde a falta de ventiladores nas salas de aula, até a falta de materiais indispensáveis ao ensino, como no curso de odontologia.

Frente a isso devemos reivindicar a infraestrutura de maneira geral, no âmbito dessa pauta, mas devemos também procurar localizar, através dos centros academicos, todas as carências e/ou deficiências especificas de cada curso. Reivindicando que a universidade assuma a responsabilidade de segurança dos discentes adquirindo equipamentos de proteção individual (EPI).

- Fim de todas as taxas, inclusive da pós-graduação latu sensu.

Não é de hoje que sabemos que a cobrança de taxas é um modo de a Reitoria e a universidade arrecadarem mais verba para suprir o rombo no orçamento causado pelo corte de verbas. Esse é o modo mais escancarado de um progressiva privatização da universidade. Hoje pagamos por cursos de graduação, por documentos, por cursos de linguas (ILG), academia e etc., amanhã voltaremos a pagar mensalidades, como antigamente. Essa prática é inconcebível para um universidade que se diz pública, e que portanto deveria ser gratuita, em todos os seus níveis de ensino, pesquisa e extensão.

- Cotas de xerox e impressão para graduação e pós-graduação

- 10% do PIB para a educação pública de forma imediata e via ampliação da tributação sobre as grandes fortunas.

- Por um plano estadual de assistência estudantil com rubrica específica de 400 milhões de reais.