segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Carta dos Estudantes da USP à Sociedade Brasileira

Manifesto da ocupação na USP-Butantã

Nós, estudantes da USP, organizados no movimento de ocupação e com apoio dos trabalhadores, lançamos este manifesto a fim de nos posicionarmos frente à sociedade sobre o que vem ocorrendo na Universidade de São Paulo.

Há uma política repressora que tem avançado contra aqueles que lutam por uma Universidade pública. As ações da reitoria da USP para aprofundar o processo de privatização tem se intensificado – o que se produz dentro da universidade cumpre, cada vez mais, o propósito de atender aos interesses do mercado em detrimento dos interesses de toda população. Com o objetivo de desmontar o caráter público da USP, a reitoria vem tomando medidas para eliminar as forças de resistência na Universidade. Mais de 26 estudantes, além de vários trabalhadores e professores, estão sendo processados por se manifestarem politicamente, através de processos administrativos que visam a eliminação e demissão da Universidade, e processos criminais que visam a prisão.

Com a justificativa de garantir a segurança, o reitor da USP instaurou, por meio de um convênio, a presença da polícia militar no campus. Com o avanço das perseguições políticas fica evidente que o real objetivo da polícia militar na USP não é o de inibir crimes, mas sim de inibir e combater manifestações políticas e cercear o direito de expressão livre de estudantes e trabalhadores. Num contexto de crise sistêmica do capitalismo, se evidencia, em todo o mundo, o papel da polícia como aparelho armado de repressão aos movimentos sociais que resistem ao avanço da desigualdade e ataques a direitos históricos da população. Na Grécia, durante os protestos contra as políticas de austeridade, os manifestantes têm sido duramente reprimidos. Em Londres e em Madri a situação é muito semelhante. No Chile, um milhão de estudantes vão às ruas exigindo uma educação pública e gratuita, e a violência contra manifestantes é igualmente dura.

No Brasil, os conflitos em 2009 em Paraisópolis, a repressão cotidiana das UPPs aos moradores dos morros cariocas, e as violências policiais contra ambulantes em luta no centro de São Paulo indicam o mesmo sentido da atual militarização da USP: a repressão policial são ataques àqueles que lutam por seus direitos elementares. E essa repressão, destaque-se, é mendaz: a própria ONU, entidade legitimadora do imperialismo, reconhece a polícia brasileira como sendo a que mais mata no mundo.

No dia 08/09/2011, o Reitor João Grandino Rodas, sustentado institucionalmente por um Conselho Gestor antidemocrático (apenas 30 % dos membros representam trabalhadores e estudantes juntos), assinou um convênio com a Polícia Militar. Para mascarar os reais propósitos do convênio Rodas-PM, a reitoria da USP se utilizou de maneira oportunista da morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, que ocorreu dentro do campus. O que foi omitido é que no dia do assassinato a PM já estava agindo na universidade – inclusive fazendo blitz em frente ao local da ocorrência. Nos últimos dias, para legitimar as violências ocorridas na USP sem explicitar seu caráter político, também se utilizaram de maneira oportunista do mote do “combate as drogas” para, assim, justificar todo clima de medo que têm promovido dentro da Universidade diariamente. Nos morros do Rio e em todas as periferias brasileiras, a repressão possui a mesma faceta: se utilizam de argumentos como o combate ao tráfico de drogas para atacar as liberdades mais elementares de todo o povo pobre.

O que a mídia não denuncia é que a polícia que enquadra estudantes na USP por porte de maconha é a mesma policia que age com o narcotráfico, recebendo o lucro das vendas com uma mão enquanto reprime com a outra. O que a mídia omite é que a polícia que invade casas na favela e atira em mulheres e crianças com a justificativa de prender traficantes é a mesma polícia que é sócia do tráfico. Isso expressa a hipocrisia de combater o narcotráfico nas universidades e nas favelas, pois os verdadeiros promotores e beneficiados desse mercado, um dos mais lucrativos do mundo, são as industrias farmacêuticas, a polícia, as clínicas privadas, entre outros.

Essa repressão tem avançado, pois a lei vigente que supostamente descriminaliza o porte de maconha só funciona como uma cortina de fumaça, erguida pelo sistema para dificultar o aprofundamento do debate sobre a legalização da maconha e para criminalizar a pobreza, movimentos sociais e ativistas políticos.

A atuação da PM em nosso Campus na última quinta feira (27/10) foi apenas mais um de uma série de episódios de acuação de estudantes e servidores da USP pela PM. Na semana passada estudantes da Escola Politécnica foram abordados dentro de seus Centros Acadêmicos. Na Escola de Comunicação e Arte (ECA) um estudante foi revistado pela polícia com a justificativa, no mínimo estranha, de “olhar feio” aos policiais. Nos últimos meses, não foram poucas as averiguações dentro dos Centros Acadêmicos, o que não impediu um roubo no Centro Acadêmico da ECA, apenas uma semana após a revista da PM no local. No dia que culminou com esta ocupação, professores e estudantes foram abordados e revistados em frente à biblioteca da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH). E nessa mesma faculdade, horas mais tarde, três alunos foram detidos por policiais da ROCAM. Ao tentarem impedir a detenção desses colegas, deliberadamente defendida pela diretora Sandra Nitrini, centenas de estudantes foram atacados com bombas de efeito moral, gás lacrimogênio, spray de pimenta, cassetetes e balas de borracha. Vários estudantes foram feridos. Respondemos como pudemos – ou seja, correndo e arremessando paus e pedras.

O discurso da reitoria tentou justificar a intervenção policial utilizando de maneira oportunista o assassinato de Felipe Ramos Paiva. Outros casos, entretanto, não foram igualmente veiculados pela mídia e pela reitoria – e isso não foi por acaso. Um desses casos foi o da morte do estudante Samuel de Souza, morador do Conjunto Residencial da USP (CRUSP). Ele era negro, pobre, baiano e estudava Filosofia. Samuel morreu dentro da USP por negligência médica da reitoria em relação a uma política de saúde nos campi da USP. Também houve a morte de Cícera, funcionária da lanchonete da Pedagogia, assassinada na favela São Remo, decorrente de uma “bala perdida” disparada pela Polícia. A hipocrisia do discurso da reitoria, que diz combater a violência, fica claro quando sua própria política de precarização foi responsável pela morte do trabalhador terceirizado de limpeza, José Ferreira, em decorrência de um acidente de trabalho.

Tais relatos nos impõe o questionamento: ao que se presta, de fato, a presença policial na USP?

O objetivo real da presença policial é garantir a execução de um projeto de universidade, ostensivamente defendido pelo Reitor João Grandino Rodas. Esse projeto político busca submeter a Universidade aos interesses de empresas e fundações privadas, cujo único objetivo é a maximização de seus próprios lucros: e é por isso que as pesquisas sem viés mercadológico são cada vez mais raras na Universidade. A estrutura que sustenta tal projeto é referendada apenas por um pequeno grupo de pessoas, imerso em relações políticas bastante duvidosas com grandes empresas, fundações e o próprio governo do estado de São Paulo. Com a diminuição da verba para trabalhadores efetivos, o aumento da contratação de terceirizados, e sem garantias de contratação de professores e reposição dos aposentados, a universidade que já é fechada para a maioria da população, em especial pobres e negros, se torna ainda mais exclusiva, elitista e mercadológica sob a administração de Rodas, levada a cabo com a mão repressora da Polícia Cívil e Militar.

Simultaneamente à repressão policial, que ocorre tanto na USP quanto fora dela, a reitoria tenta extinguir os espaços políticos e culturais de organização dos estudantes, como o Núcleo de Consciência Negra, que foi fundado há 23 anos na USP e até o momento não foi legitimado pela universidade, sofrendo com ameaças de demolição do barracão onde desenvolve suas atividades. O CANIL - Espaço Fluxus de Cultura, um dos poucos espaços culturais estudantis da USP-Butantã, sofreu uma tentativa de demolição, que foi barrada pelo conjunto de estudantes. A Moradia Retomada, ocupada devido ao déficit de vagas no CRUSP, continua ameaçada por um mandato de reintegração de posse solicitado pelo Reitor. E o espaço do DCE Ocupado, após reforma, seria re-inaugurado não mais como um espaço autônomo, mas como “Centro de Vivência da Reitoria” – o que foi impedido pelos estudantes. A reitoria tenta silenciar todos os movimentos de resistência da Universidade com uma avalanche de processos. Os processos administrativos baseiam-se no Decreto 52.906, de 1972, Regime Disciplinar instituído sob a égide da Ditadura Militar, que vigora no estatuto da USP como “disposição transitória” há algumas décadas. Segundo este decreto, são considerados atos de “indisciplina” de estudantes, trabalhadores e professores, passíveis da punição, expressa no artigo 248, inciso IV, de “eliminação”, as seguintes práticas: artigo 250 inciso VIII - “promover manifestação ou propaganda de caráter político-partidário, racial ou religioso, bem como incitar, promover ou apoiar ausências coletivas aos trabalhos escolares (greves)” ; inciso IV -“praticar ato atentatório à moral ou aos bons costumes”; inciso II “ (…) afixar cartazes fora dos locais a eles destinados”. As acusações que baseiam os processos tratam ações políticas legítimas como desvios de comportamento e são, ou questionáveis, ou deturpadas. Alguns dos processos foram abertos com base apenas em Boletins de Ocorrência que apresentam, como de praxe, uma versão unilateral dos fatos. No caso dos processos criminais, coloca-se a ameaça de prisão de pessoas com base em acusações forjadas pela Consultoria Jurídica da reitoria para levar a cabo sua perseguição política. As testemunhas em favor da reitoria geralmente são membros das chefias, das guardas ou outros que, tendo vínculos empregatícios com o denunciante, têm seu testemunho enviesado. Esta é uma das maneiras de se produzir as provas falsas. É no mínimo estranho que tenha sido criada, por exemplo, uma delegacia especial para tratar da repressão às ações políticas dos trabalhadores. Lembrando que em 2009 um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores da USP foi demitido por lutar contra a precarização e terceirização na universidade. A reitoria tenta hoje preparar terreno para avançar rapidamente com as punições contra estudantes, trabalhadores e professores dissidentes da ordem privatista que vem sendo estabelecida. Por isso decidimos cobrir os rostos: pela real ameaça de represália política - e não porque somos ou nos sentimos criminosos. Por esses motivos, somos contrários aos processos contra estudantes e trabalhadores e pela revogação completa destes decretos e processos criminais e administrativos! Somos pela revogação imediata do Convênio entre a PM e a USP! FORA PM!

Manteremos nossa ocupação até que todas as nossas reivindicações sejam

atendidas.

sábado, 22 de outubro de 2011

CURSO LIVRE DE CINEMA EM MARINGÁ

(Enfase em Interpretação) - Em andamento

Aulas ás terças e quita-feiras das 20:00 ás 22.00

Sábados das 14:00 ás 19:00

Técnica e Produção Cinematográfica

Nova turma (em formação – Mínimo 15 alunos - Inscrições abertas)

Inicio previsto em 07 de novembro

Aulas ás segundas e quarta-feiras das 20:00 ás 22:00

Domingos das 14:00 ás 18:00

Parceria DCE – UEM – Aluno UEM – Bolsa desconto especial

FAÇA JÁ SUA INSCRIÇÃO – VAGAS LIMITADAS!

cursodecinema@hotmail.com

(44) 9971 7975

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Carta Aberta à Comunidade Acadêmica dos Bolsistas do RU

CARTA ABERTA À COMUNIDADE ACADÊMICA DOS BOLSISTAS DO RU



Nós, bolsistas do RU-I da UEM, viemos através desta carta exigir o cumprimento das reivindicações dos estudantes, acatadas publicamente pelo reitor Júlio Prates Filho após a ocupação da reitoria. O descaso dos sucessivos reitores com a falta de uma política de assistência e permanência estudantil na universidade é vergonhoso, fazendo com que muitos estudantes desistam de seus cursos porque não têm como se manter e estudar.


Desde 2001, numa resolução aprovada no CAD, passou a vigorar a chamada “bolsa-alimentação” que, apesar de não ter sido concebida como parte de uma política de assistência estudantil, na verdade realiza esse papel. A bolsa consiste na gratuidade das refeições oferecidas no RU-I (café da manhã, almoço, janta e almoço aos sábados) e a cota de 500 fotocópias e 250 impressões, em troca da execução de funções no RU-I que são de competência de funcionários concursados, como por exemplo, enxugar os talheres, empilhar as bandejas em um carrinho e transportá-las até a cozinha, fazer o suco servido nas refeições, servir as refeições, entre outras funções. Existem dois períodos nos quais os bolsistas trabalham, de acordo com sua disponibilidade: ou no horário do almoço, que vai das 11:30 às 13:30, ou no período da janta, que vai das 18:30 às 19:30. Após o desfecho vitorioso da ocupação da reitoria da UEM, que da tarde do dia 25 de Agosto até a manhã do dia 2 de Setembro permaneceu nas mãos dos estudantes, foi incluída na pauta de reivindicações decidida em assembléia que os atuais bolsistas do RU-I ganhariam imediatamente o direito aos benefícios já recebemos. Mas até agora, nada nos foi garantido e continuamos a trabalhar.


Essa situação, insustentável há anos, é fruto da falta de uma verdadeira e coerente política de assistência estudantil na UEM, que obriga os estudantes carentes a terem que trabalhar por alimentação e fotocópias, aliado à uma falta de investimentos crônica na infra-estrutura e em recursos humanos na universidade, que recai sobre a pequena quantidade de funcionários no RU-I que são sobrecarregados devido ao aumento no número de cursos e estudantes nos últimos anos. Em um nome só: precarização da universidade pública e assistencialismo. Além de não termos nenhuma garantia de estabilidade nessa bolsa, pois ela pode ser cortada a qualquer momento e as condições de trabalho serem precárias, devido ao intenso barulho proveniente da máquina que lava as bandejas, ao risco de que as pesadas bandejas oferecem se caírem em nossos pés e ao esforço físico usado no transporte das bandejas até a cozinha, nos vemos totalmente desamparados pela burocracia universitária, pois ela não busca solucionar o problema, e sim, perpetuá-lo afim de manter o estudante carente dependente da instituição. A DCT, que é o órgão da UEM no qual o RU está lotado e responsável pela elaboração e execução de uma política de assistência estudantil na universidade, não realiza a sua função, que de acordo com seu próprio endereço eletrônico diz que seu objetivo principal “é o bem estar social de nossos servidores e acadêmicos” e que busca ”melhorar o seu desempenho profissional e acadêmico”. Isso não passa de falsa propaganda. Nossa universidade nunca teve uma política de assistência estudantil voltada para alunos de baixa renda! Para piorar, nas reuniões entre representantes do DCE e a Reitoria, foi proposto pela Pró-Reitora da PEN, Ednéia Regina Rossi, que os atuais bolsistas ganhassem os benefícios sem a contrapartida de terem que trabalhar, mas que devido à demora na contratação de servidores públicos, seriam chamados novos bolsistas que fariam o mesmo trabalho dos antigos, só que recebendo R$ 300,00! Também em outras conversas com o assessor de Assistência Estudantil da UEM, André Gasparetto, foi afirmado por este a vontade da administração em implantar essa solução paliativa para o RU e para os estudantes carentes.Ou seja: não se resolve um problema, que é a falta de funcionários, e se acentua outro, que é a exploração de estudantes de baixa renda pela universidade, que se antes eram explorados apenas por comida e fotocópias.


É inadmissível que a suposta melhor universidade do Paraná use da mão de obra de estudantes carentes para suprir uma falta no quadro de pessoal da universidade! Nós, como estudantes da universidade, denunciamos a atual situação de penúria que a Universidade Estadual de Maringá se encontra e nos recusamos a continuar nos sujeitando a essa exploração por parte de quem devia nos dar condições de estudar!

Pela imediata revogação da Resolução Nº 128/2001-CAD!

Por uma política de Acesso e Permanência Estudantil aos estudantes carentes!

Pela imediata contratação de seis funcionários do RU-I!

Assinam os estudantes bolsistas do RU-I,

Maycon Christian Costa Mânfio

Graziele Lopes Pascoal

Emerson Almeida Soares

Mateus Moreira de Melo

Marcos Leandro Batista

Carolina V. I. de Farias

Stefano M. Achete

Erica Travaini Grecco

Diogo Rodrigues da Silva

Lucélia de Moura Pereira

Emerson A. Soares

Rafael de O. M. Pereira

César Hideo Yasuo

Gabriel Essado Faggioni


terça-feira, 11 de outubro de 2011

1ª SEMANA DE DEBATES - PROAÇÃO

Em comemoração aos dois anos de trabalho do Programa Integrado de Ação Social (PROAÇÃO - UEM), será realizada uma semana de debates com assuntos imprescindíveis ao conhecimento da comunidade interna e externa da UEM. Estão todos convidados a vir participar:

• Segunda (17), às 19h30min. No auditório DACESE (Bloco 125)
Tema: "Direito Humano à Alimentação Adequada – Da produção ao consumo."
Assunto: Os modos de produção alimentíci...a na atualidade, com os seus riscos (como o agrotóxicos) e cuidados para com a saúde dos produtores e consumidores.
Debatedores: 1)José Ozinaldo A. Sena - UEM; 2) Ednaldo Miquelon - UEM; 3) Vanessa Gardim – Via Campesina.

• Terça (18), às 19h30min. No auditório DACESE (Bloco 125)
Tema: "Privatização das Universidades Públicas - Um processo em franco crescimento"
Assunto: Se a função social da universidade visa atender as necessidades da população ou as demandas do mercado. UEM para que(m)?
Debatedores: 1) Leandro Modolo - DCE/UEM; 2) Prof. João dos Reis - UFSCAR; 3) Valdir Anhucci - FECEA.

• Quarta (19), às 14h00min. No auditório do Bloco C 34
Tema: "Política de Assistência Social (vs.) Práticas Assistencialistas"
Assunto: O que a Universidade deve desenvolver para realmente ajudar aqueles que necessitam de uma política de assistência estudantil.
Debatedores: 1) Ozana das G. Ferreira - DCT/UEM; 2) Profª Cristiane - UNIOESTE; 3) Cilena Dias Silveira - NUCRESS.

• Quinta (20), às 19h30min. No auditório do NUPÉLIA
Tema: "Sustentabilidade Ambiental nas Instituições de Ensino Superior"
Assunto: Como vem sendo analisados e tratados os problemas [e suas respectivas soluções] ambientais nas Universidades.
Debatedores: 1) Marino Elígio Gonçalves - UEM; 2) Doris Marli P. P. Silva - UEM; 3) Darci B. Campani - UFRGS.

• Sexta (21), às 19h30min. No auditório DACESE (Bloco 125)
Tema: "CEBES – Uma trajetória de luta em defesa do SUS"
Assunto: A importância da luta por melhorias na saúde coletiva e a contribuição que o CEBES (Centro Brasileiro de Estudos de Saúde) teve e tem nessa área.
Debatedores: 1) Maria Lucia Frizon - Unioeste; 2) Maira Jose Scochi


Contamos com a sua presença, e sinta-se a vontade para convidar mais pessoas!


"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo." (Paulo Freire, 1987)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Nota do Diretório Central Dos Estudantes quanto às intervenções visuais realizadas no campus


Nota do Diretório Central Dos Estudantes quanto às intervenções visuais realizadas no campus:


O Patrimônio Público é um bem de todos, cabendo a todos respeitá-lo como seu, preservando-o e lutando contra todo tipo de deterioração, vandalismo ou sucateamento.

Tendo esse pensamento como princípio norteador, nós do Diretório Central dos Estudantes assumimos a luta pela Educação Pública, Gratuita e de Qualidade, por uma Universidade Inclusiva, e, principalmente, pela melhoria da nossa instituição, a Universidade Estadual de Maringá.

Sustentada no tripé Ensino, Pesquisa e Extensão, com o fim de gerar conhecimento e formar indivíduos que farão a diferença na sociedade, a UEM vem sendo tratada com descaso pelos gestores públicos, que adotam claras políticas de sucateamento à instituição. Diante de tal conjuntura, o Diretório Central dos Estudantes se movimentou em prol do patrimônio público, tanto físico como intelectual. Levantamos as pautas, negociamos com a reitoria, radicalizamos nossa luta com a Ocupação Manuel Gutierrez Reinoso, montamos as comissões de acompanhamento para garantir o cumprimento dos compromissos firmados pela administração, e continuamos nos movimentando em prol da nossa Universidade.

No entanto, observamos a realização de alguns excessos por parte de algumas pessoas que ouviram o nosso chamado de luta, porém, não souberam ponderar entre a manifestação sadia em defesa da coisa pública e atitudes que poderiam deteriorá-la.

O Movimento de Ocupação e o Diretório Central dos Estudantes não podem responder por atitudes individuais isoladas, mas convidam a todos para continuarmos na luta pela UEM que queremos, com mais qualidade no ensino, com mais incentivo à pesquisa, com mais investimento na extensão, que seja permeada pela verdadeira arte, que inclua os excluídos e que cresça com qualidade!

Pense, Participe e Movimente-se com responsabilidade!



Diretório Central dos Estudantes – Gestão Movimente-se UEM

domingo, 2 de outubro de 2011

Nota sobre o Ato executivo 008/11

A reitoria expediu o Ato executivo 008/11 argumentando que os eventos culturais promovidos pelos estudantes são baderna que é preciso ser extinta na Universidade. Ponto final; não houve espaço para mais conversa. Contudo, quem esteve presente nestes eventos sabe que isto não corresponde à realidade. O DCE e os CA’s vem movimentado o cenário cultural dentro da UEM e na comunidade externa de uma forma inédita. O Alvorada Folclórica, há pouco tempo, levou ao Jardim Alvorada um domingo de oficinas gratuitas, apresentações folclóricas de Bumba-meu-Boi, Maracatu, viola caipira, teatro de bonecos, etc. A consolidação do Grupo de Maracatu Ingazeiro neste ano e as oficinas abertas de maracatu e as demais que aconteceram na calourada e continuam acontecendo, as Feiras Livres com apresentações de grupos de capoeira, maculelê, etc., os saraus de quinta e agora os saraus de domingo, que se tornaram um espaço de convívio também para pais e mães com crianças, e no qual já se apresentaram vários grupos musicais de estudantes ou da comunidade externa, como o Grupo de choro Enxó de Bainha, etc.; o projeto da rádio que está em gestação, a recente parceria com a Diamante Filmes...

O que o Ato impõe é que tudo seja silenciado, se não quiser ser criminalizado. O suposto assessor estudantil, que enquanto tal é um ótimo assessor da reitoria, apóia o Ato em nome das paredes em que as pessoas poderão urinar durante os eventos. A verdade é que este ato é um reflexo da gestão preguiçosa que não está interessada em pensar uma política cultural séria para a Universidade, é assim que a Concha Acústica permanece no papel há anos e que não há espaço nenhum na UEM para convívio e integração dos estudantes. Se a reitoria ignora até um pedido de abertura de banheiro, muito menos está interessada em ouvir e construir junto conosco a vida cultural da Universidade.

Enquanto isso, a UEM continua sendo uma das Universidades mais carentes de cultura que vemos por aí. Este AE-8 trata-se de um ato autoritário da reitoria, que se dirige também aos professores e funcionários, mantendo sua forma intransigente de administrar como faz em outras questões como quanto à paridade, etc. A união da comunidade acadêmica pode se tornar real e ser decisiva para que consigamos exigir o fim do sucateamento da educação pública, o cumprimento dos prazos firmados com a reitoria e com a SETI, condições melhores de trabalho para todos e a extirpação desta mentalidade autoritária na condução da Universidade. Não é isso o que queremos para a UEM! Educação e cultura são direitos, a nossa luta é legítima e diz respeito à toda a sociedade. Por isso, convidamos a todos os estudantes, professores, técnicos e comunidade externa para estarmos juntos neste importante ato na QUARTA-FEIRA, 13h30, saindo do DCE.

Pelo fim da criminalização do movimento Manuel Gutiérrez! Pelo cumprimento das reivindicações nos prazos definidos junto à SETI e à reitoria!

“A torneira seca.

Mas, pior: a falta de sede.

A luz apagada.

Mas, pior: o gosto do escuro”

JoséPauloPaes

sábado, 1 de outubro de 2011

Nessa sexta-feira, em reunião com a reitoria, a chefe de gabinete do reitor, entregou aos presentes um Ato Executivo (no 008\2011-GRE) que proíbe qualquer manifestação artística, cultural, ou festiva por parte de estudantes, docentes, ou técnicos no campus da UEM, que não tenha autorização da reitoria. Após a apresentação do documento, a representante do reitor se retirou da sala do COU, frustrando as expectativas dos estudantes, sem abrir espaço para discussão.
A repressão a atividades culturais e artísticas é característica de uma gestão autoritária, que além de não promover essas atividades, ainda proíbe iniciativas de quem se dispõe a fazê-las. Sabemos, inclusive, da intenção da reitoria em chamar a polícia para reprimir nossas manifestações legítimas, que são de interesse não só da comunidade acadêmica, mas também da vida cultural da cidade de Maringá. As intervenções militares, principalmente quando direcionadas a estudantes, são marcadas por intolerância e violência. Do mesmo modo, a reitoria se posicionou dando as costas aos alunos em um momento que poderia ter sido de diálogo.
Diante de todas essas demonstrações de descomprometimento do reitor com as demandas dos estudantes por uma vida cultural mais realizadora e pela criação de espaços de convivência, bem como com os prazos estabelecidos nas negociações antes da desocupação da reitoria e da criminalização do movimento, VAMOS TODOS AO ATO DE QUARTA-FEIRA (05), com início ÀS 13:30h, no DCE!

CLIQUE PARA AMPLIAR

‎- Desligamento de bolsistas e funcionário, represália contra apoiadores da comunidade acadêmica, processo judicial da Polícia Federal contra 8 integrantes da ocupação pela ativação da Rádio Universitária, e, por fim, o Ato executivo que mais parece um AI-5: "Ato executivo no. 008/2011-GRE. "Proíbe a realização de saraus, festas, encontros ou qualquer outra denominação atribuída a reuniões festivas ou culturais efetuadas por membros do corpo docente, discente, técnicos.."

Todos no ato QUARTA-FEIRA
CONCENTRAÇÃO 13H30 DCE