terça-feira, 30 de novembro de 2010

Estudantes italianos fizeram como nós


a faixa deles era um pouquinho maior...

Manifestantes estendem faixa do penúltimo andar da Torre de Pisa com a frase "Não à reforma", em Roma
foto: AP

Dezenas de estudantes ocuparam nesta quinta-feira a famosa torre inclinada de Pisa, na Toscana, centro da Itália, para protestar contra a reforma universitária prevista pelo governo de Silvio Berlusconi. Os estudantes abriram uma faixa no penúltimo andar da torre com a frase "Não à reforma".


Em outras cidades italianas, milhares de estudantes saíram às ruas pelo segundo dia consecutivo para protestar contra a reforma do ensino superior prevista pelo governo de direita.


Em Florença foram registrados confrontos e vários estudantes ficaram feridos. Em Roma nenhum incidente foi anunciado.

Confrontado pela crise econômica, o governo italiano adotou várias leis em dois anos de mandato que terão como efeito o corte de nove bilhões de euros e de 130 mil postos de trabalho na educação nacional, entre 2009 e 2013.


A reforma universitária prevê a fusão dos centros menores, o acesso aos conselhos de administração de especialistas de fora do mundo acadêmico e a redução do mandato dos reitores.

Os críticos afirmam que o objetivo principal é a economia, como por exemplo com a não renovação dos contratos fixos de milhares de pesquisadores.


A reforma universitária deve ser votada em 30 de novembro pela Câmara dos Deputados. O documento pode voltar ao Senado para uma terceira e última votação, caso o texto adotado pela Câmara seja diferente do votado há alguns meses pelos senadores.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Transição e posse

Na reunião da última quinta-feira fechamos as pessoas que vão se reunir com a gestão atual para receber as informações de assuntos concernentes ao campus sede e às extensões, além dos posicionamentos do DCE nos Conselhos Superiores etc. A comissão eleitoral deve anunciar a cerimônia de posse na próxima semana.

Conforme o que vinhamos propondo, nas duas primeiras semanas do mês acontecerão as reuniões para conhecer e debater o problema. Nesta parte, é o caso de descrever e informar mais que de tomar posições. Na semana seguinte chama-se a Assembléia, onde a pauta será apresentada e é provável que discutida de novo, uma vez que as pessoas que estarão na Assembléia não necessariamente precisarão ter vindo nas reuniões precedentes. O C.E.E.B. vem no final.

A primeira das reuniões será chamada assim que tomarmos posse. Podem ficar tranqüilos que ela será amplamente divulgada. Avisaremos as extensões e negociaremos com o gabinete e a garagem para providenciar o transporte. Nela todos os estudantes ficarão atualizados acerca do estado atual dos assuntos do DCE e pensaremos em possíveis mudanças. Tiraremos comissões para ir atrás de cada coisa e na outra reunião voltamos a discutir estes assuntos, depois votamos na Assembléia.

Segunda-feira nos reuniremos para o fechamento de contas da chapa no gramado próximo aos quiosques do Cafil, do Caff e do Caeco. Provavelmente ainda não terá havido reunião com a gestão do Bonde e não teremos muito sobre o que trabalhar, então quem quiser aparecer, apareça, mas ciente de que a reunião ainda é da chapa e não da gestão.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

RESULTADO DA ELEIÇÃO DO DCE-UEM

Pessoal, segue o número de votos válidos de cada chapa na disputa da eleição do DCE. Vale ressaltar que esses números não são os oficiais da Comissão Eleitoral, mas sim os levantados pelos observadores do escrutínio.

Chapa 1 - Movimente-se UEM: 1517 votos;
Chapa 2 - Bonde do Amor: 617 votos;
Chapa 3 - NDA: 341 votos.

A chapa agradece a participação dos estudantes no processo eleitoral e deixa o convite a vir participar dos espaços de nossa futura gestão. Para nós, cada voto depositado na urna não será um voto de confiança e sim mais uma pessoa disposta a construir esse movimento estudantil.

Por fim, a todos que não puderam votar pelos vários erros cometidos pela comissão eleitoral, um convite a vir conhecer nossas idéias.

domingo, 21 de novembro de 2010

OPORTUNISMO DAS CHAPAS 2 E 3

Já não é novidade para o movimento estudantil da UEM o fato de que existe pouca participação dos estudantes nesse movimento - estranho né, um movimento estudantil no qual existe pouca participação dos estudantes. Pois é, a leitura que se tem diante disso é que um movimento fraco não dá conta de enfrentar os problemas que existem no cotidiano dos estudantes. Por isso a necessidade de revermos a estrutura desse movimento, ou seja, como que as entidades (Centros Acadêmicos e DCE) estão estruturadas de tal maneira a contribuir para que essa pouca participação se mantenha.

É nesse sentido que propomos a descentralização nas decisões das entidades. Entendemos que o modo de organização centralizado em uma diretoria que impõe suas posições e direcionamentos, seja por vinculação partidária ou por ganância individual, acaba afastando o estudante da entidade e enfraquecendo, assim, o movimento estudantil. O problema é que existem grupos políticos que, apesar de reconhecerem a fraqueza do movimento estudantil, não acreditam na descentralização como medida para alcançar maior participação. Isso porque para esses grupos políticos a descentralização significa perda de poder, perda do dce como escritório de partido, perda do dce como entidade de promoção individual e perda do dce como um aparato governista (atrelamento da gestão à reitoria ou ao governo estadual ou federal). O que interessa para esses grupos é justamente que não aconteçam essas perdas. É por isso que eles impugnaram a Chapa Descentralize nas eleições do ano passado, porque essa chapa tinha grandes chances de ganhar as eleições e iniciar um movimento pela descentralização. É bom frisar, tentaram impugnar da mesma forma a CHAPA 1 este ano. Mas não conseguiram.

Agora esses grupos políticos, que estão compondo as chapas 2 e 3, vêm em campanha dizendo que também têm propostas para aumentarem a participação dos estudantes no DCE. Porém, sabemos que se trata apenas de confundir o estudante e conseguir o seu voto. A CHAPA 2 BONDE DO AMOR POR MAIS ALTERAÇÃO, composta essencialmente pelo PT E PCdoB, apresentam a proposta de orçamento participativo, dando a entender que isso aumentaria a participação dos estudantes. Porém, verdade seja dita, por que em 2 anos de gestão eles não implementaram esse orçamento e só agora se valem dessa proposta para se fortalecerem na campanha? Será que não é se trata apenas de oportunismo político, uma vez que eles sabem que nós estamos passando em sala e os estudantes estão sabendo da importância da participação e da descentralização?

A CHAPA 3 NENHUMA DAS ANTERIORES, composta essencialmente pelo PT, está apelando no mesmo sentido. Apesar de não termos muita referência no material deles a esse respeito, sabemos que estão passando em sala dizendo que, caso eleitos, farão reuniões abertas na qual o estudante vai poder participar - um discurso que todas as chapas sempre falam em campanha, dando a entender que são democráticos e sabem lidar com as diferenças. Mas eles não têm clareza na proposta, eles não dizem, por exemplo, como exatamente irão funcionar essas reuniões, se o estudante vai poder participar somente como ouvinte ou se vai poder propor e também votar, qual o peso deste voto, a periodicidade dessas reuniões, enfim, a proposta deles não está clara e isso significa que eles não discutiram isso na base. Isso é o oportunismo das chapas 2 e 3 - eles estão se aproveitando da nossa crítica à centralização e tentando, assim, obter maior força política.

A CHAPA 1 MOVIMENTE-SE UEM, cuja composição engloba os partidos PSOL, PCB, PSTU, mas também engloba estudantes apartidários, antipartidários e Anarkistas, ao contrário das outras chapas, não trata da descentralização como um mero produto de campanha. Nós discutimos bastante a respeito disso, desde o ano passado com a Chapa Descentralize e até mesmo antes. Sabemos que nossa proposta vai alterar a dinâmica do movimento estudantil. Por exemplo, com uma gestão aberta em que todo estudante, independente de partido, cor, religião, classe ou orientação sexual, vai ter direito a participar de maneira igual com voz e voto nas decisões do dce, como ficariam os Conselhos Estudantis de Entidades de Base, os CEEB´s? Eles deixariam de acontecer? Propomos que não. O CEEB é uma instância superior à gestão do DCE e seu papel, entre outros, é o de fiscalizar a gestão (vale lembrar que a atual gestão só fez dois CEEB´s, sendo que pelo estatuto do DCE a gestão deve realizar 1 a cada dois meses). Outro ponto importante em relação a descentralização é que para ela acontecer não basta que a gestão do DCE abra suas portas e possibilite que o estudante fale e vote de maneira igual. Nós buscamos, sim, a politização do estudante e isso pode acontecer por diversas formas - com atividades culturais, com eventos de caráter científico (palestras, seminários, etc.), com debates estudantis, entre outras maneiras que podem tocar o estudante no sentido da importância da participação individual com vistas ao bem comum.

Nós entendemos que o problema da fraca participação dos estudantes no movimento estudantil é um problema histórico de anos e anos de despolitização e descrédito no estudante. A ditadura militar no Brasil, por exemplo, conseguiu construir uma imagem que é muito forte ainda hoje de que o estudante que participa da política ou é um criminoso ou é um marginal. Ou, então, outra idéia corrente hoje em dia é que participar da política é perda de tempo, uma vez que as obrigações acadêmicas são tantas e tomam maior parte de nosso tempo. Ora, do jeito como está estruturado o DCE, centralizado, participar politicamente é mesmo uma coisa massante e que faz com que muita gente se atrapalhe com os assuntos acadêmicos. É bem verdade que existem estudantes que se envolvem na política, aqueles que chamamos de estudantes profissionais, que sempre são filiados a este ou aquele partido e que ficam migrando de um curso ao outro só para não perder vínculo com a universidade, esses se aproveitam dessas opiniões e querem mesmo que os estudantes não se envolvam politicamente, porque assim fica mais fácil deles fazerem suas tramóias.
Enfim, votar em uma chapa que defende a descentralização tal como nós defendemos é votar na possibilidade do próprio votante participar, de maneira direta e horizontal. Apesar de discordarmos das posições políticas das chapas 2 e 3, a descentralização não exclui a possibilidade deles participarem. Queremos lidar de maneira adulta com as diferenças e assim somar forças. Queremos um movimento estudantil forte e atuante para superar nossos problemas.

Não queremos decidir nada pelo estudante, queremos que o estudante decida com a gente!

O problema das bolsas estudantis na UEM

Depois de ver a propaganda eleitoreira do Bonde, na qual dizem que eles aumentaram as bolsas na UEM, comecei a achar de extrema importância entender de que maneira se dá a existência, o aumento, o sentido das bolsas estudantis na universidade. Entendendo isso, talvez fique mais fácil construir uma boa política para melhorarmos essa situação na vida dos estudantes.

O sentido de bolsas para os estudantes na universidade tem a ver com dois aspectos: a assistência estudantil e o sentido do tripé em que essa universidade se diz constituída (bolsa ensino, bolsa pesquisa e bolsa extensão). As universidades têm uma proposta diferente das faculdades particulares, pois se caracterizam como um espaço do conhecimento composto pelo ensino, pela pesquisa e pela extensão. Ou seja, ela não é uma simples fábrica de diplomas, mas uma instituição que investe em pesquisa, que realiza o ensino e que retorna o investimento público não apenas com a formação de profissionais, mas também com projetos sociais que auxiliem a sociedade. Por isso, é necessário separar o joio do trigo. Apesar de muitos estudantes precisarem de bolsas para se manter estudando, independendo se é bolsa-trabalho ou bolsa-pesquisa, existem grandes diferenças entre as variações de bolsas e cada uma delas tem seu sentido dentro do espaço universitário.

A bolsa-pesquisa depende de órgãos ligados ao financiamento de pesquisa como a Fundação Araucária e a CNPq. A bolsa do Programa de Educação Tutorial (PET) é financiada pelo MEC. Já a monitoria, a bolsa ensino, a bolsa extensão, a bolsa trabalho e a bolsa alimentação dependem de instâncias da própria universidade para existirem, então, suas melhoras se realizam pela verba que o governo destina à UEM e pela forma como ela é aplicada por quem administra a nossa universidade. No fundo, todas as bolsas dependem desses dois fatores: os valores que as verbas públicas destinam e a forma como essa verba é aplicada. Mas é importante frisar que as últimas bolsas citadas dependem mais da administração dos recursos públicos realizada por nosso reitor do que de instâncias externas à UEM.

A bolsa alimentação e a bolsa-trabalho existem na universidade somente para a assistência estudantil, como forma de auxiliar o aluno no acesso a universidade, não tendo função dentro daquele tripé mencionado acima. Nesse sentido, podemos nos perguntar: em que medida essas bolsas ajudam na formação acadêmica dos universitários? Se não ajudam, então porque elas devem aumentar?

Olhando mais aprofundadamente para esses problemas, vemos que a razão dessas bolsas é o de resolver problemas estruturais da universidade: falo da contratação de funcionários. Chegamos a um ponto tal no qual não mais criamos políticas para o aumento de bolsas de importância acadêmica, mas entramos na dinâmica posta, sem notarmos que assim não resolvemos esse problema da falta de contratação de funcionários e do seu impacto na qualidade da universidade. Na verdade, com o aumento das bolsas-trabalho, amenizamos o efeito dessa falta, escondendo a sua verdadeira causa. Mas não entramos nessa dinâmica à toa: os alunos precisam dessas bolsas para se manter na universidade. Não podemos deixar essa necessidade de lado.

Vê-se, então, uma situação bem problemática: Não deveríamos tentar sair dessa dinâmica para melhorar os serviços da universidade com a quantidade correta de funcionários? Mas como sair dessa dinâmica sem perder essas formas de assistência estudantil que se tornaram tão importantes para a vida financeira de tantos estudantes?

E se pensássemos numa política de aumento das bolsas de valor acadêmico e, junto disso, em formas de reivindicar pela contratação de novos funcionários na UEM?

E se tivéssemos também uma política para, ao invés de aumentar, melhorar as condições da bolsa alimentação e da bolsa trabalho? Afinal, se os funcionários que deveriam estar trabalhando no lugar desses alunos receberiam mais que eles caso fossem contratados, então, os alunos locados nessas funções devem ser mais valorizados.

Os estudantes não podem se esquecer que a qualidade do ensino passa pelos problemas enfrentados pelos funcionários e professores da universidade. Por isso, temos que criar novos diálogos entre as políticas dos estudantes com as dos funcionários e dos professores da UEM. Acredito que a questão das bolsas estudantis enfrenta esse desafio que se põe a gente. Talvez tivéssemos que ir além de simplesmente reivindicar o aumento de bolsas a torto e a direito sem entender os meandros que estão por trás disso.

sábado, 20 de novembro de 2010

Carlos Latuff apóia protesto contra apagamento do grafite na UEM





O cartunista carioca Carlos Latuff publicou em seu twitter a notícia que saiu no Diário de Maringá sobre o apagamento do grafite. Conhecido mundialmente pelo seu ativismo artístico, especialmente pela causa palestina, o cartunista esteve por aqui no mês passado, participando do V Fórum de Pesquisa e Pós-Graduação em História da UEM, no qual proferiu conferência: "Arte do fogo: a charge como arma dos silenciados".

http://latuff2.deviantart.com/

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

FIQUE ATENTO: QUEREM NOS CALAR!

De tanto amor pelo DCE e seus benefícios, a comissão eleitoral (vinculada ao Bonde do amor), querendo associar um Grafite feito na porta do RU no dia 18/11 como atividade de campanha de nossa chapa, tentou nos impugnar. O Grafite foi feito por um artista que havia solicitado pessoalmente a autorização do chefe do RU para realizar sua arte. Ele estava participando da Semana da Consciência Negra, uma atividade idealizada muito antes das eleições e que envolveu artistas locais em manifestações rápidas durante o horário do almoço no RU.
O amor que moveu a ação deste artista foi jogado ao lixo pelo Bonde do amor. A comissão eleitoral usou a mesma tática da eleição passada, onde na véspera da eleição impugnaram a Chapa Descentralize, a chapa que se fortalecia cada vez mais na campanha e que no debate se mostrou forte o suficiente para ganhar as eleições. Com medo de perder, eles deram um golpe e impugnaram a chapa.
Tal atitude demonstra o desespero e a maneira suja como atua a atual gestão do DCE. Atuam contra as manifestações artísticas dentro da universidade e buscam a todo custo uma maneira de se perpetuarem no poder. Acusaram o Grafite de “pichação e dano ao patrimônio público”, o que poderia levar a impugnação da chapa. Mas como o amor pode cegar, a ilegalidade lhes abriu os olhos - pois o que era uma arte virou uma acusação sem pé nem cabeça. Como não poderiam voltar atrás passaram tinta cinza em cima de uma obra arte. Por que não deixar o grafite lá já que era quase inteiro da cor roxa? O feitiço virou contra o feiticeiro. Os estudantes não são imbecis e já perceberam o modo como atua o Bonde do amor.

PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA!

PELA MANIFESTAÇÕES CULTURAIS DA UEM!

PENSE, PARTICIPE E FAÇA ARTE!


Sobre o artista:



















Isaac - Sarandi.

Obs: A cultura hip hop é forte em Sarandi em todos os seus elementos (música, dança, poesia e pintura), com grupos que ganharam prêmios nacionais.

Crew Donos da Rua

Tem tanta coisa p'ra mudar!

Não fique aí parado,
tem tanta coisa p'ra mudar!
Pense, participe e movimente-se,
para que ninguém negue teu direito de participar.

Você pode ser a gota
que move todo o oceano,
mas se você ficar aí parado
pode ser um grande engano.

Uma gota sozinha
não gera muito movimento,
mas muitas gotas juntas
podem mudar o pensamento!

Há cartazes por aí
cheios de celebridades,
que propagam tantas mentiras
e ocultam muitas verdades.

Não se contente com o mínimo,
tem tanta coisa p'ra mudar!
Outros pensarão por ti
se você não pensar.

Por trás de piadas velhas
há velhas pretensões,
não deixe que te excluam
de tomar as decisões!

É preciso ir à luta
É preciso descentralizar
se queremos garantir
o direito de participar.

É uma pena que alguns
defendam a censura,
quando quase todos querem
mais acesso à cultura.

É uma pena que alguns
querem ocultar a arte da vista,
não há porque pintar por cima
da obra de um artista.

As piadas perdem a graça
depois de contadas pela segunda vez.
A situação não é engraçada,
ela demanda lucidez.

Então na quarta-feira,
que é dia de eleição,
pense bem no seu voto
e vote com atenção!


(*blog do autor)

Gaúcha, o movimento estudantil mais forte da UEM

UEM Campus Cidade Gaúcha - "Localizado no município de Cidade Gaúcha, PR, a 140 km de Maringá, desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão nas áreas de Engenharia Agrícola, Agronomia, Zootecnia e outras. Oferece o curso de graduação em Engenharia Agrícola e os cursos de graduação a distância: Normal Superior e Administração, e o curso de especialização em Açúcar e Álcool" (Fonte: site da UEM).

Em termos de participação e mobilização, Cidade Gaúcha dá o exemplo para os outros campus. Ainda estão na memória de todos as famosas greves de Gaúcha, principalmente a de 2007, na qual os estudantes e funcionários pararam pedindo mais verbas, reposição salarial, abertura de concurso público para professores e funcionários, por um R.U., uma Casa do Estudante e pelo fim das taxas:



Os estudantes simularam um enterro para expressar o descaso com o campus.



Passados quase quatro anos, alguns destes problemas permanecem, mas houve uma melhora significativa. Por exemplo: a construção de um quiosque para as atividades culturais dos estudantes e para abrigar a empresa júnior, gerida pelos estudantes...





conquista de um ônibus que transporta gratuitamente os alunos...
a readequação do galpão de máquinas agrícolas...
um auditório...

Entretanto, o campus ainda tem problemas pela falta de funcionários, de estrutura, assistência estudantil, entre outros. Os próprios estudantes construíram um projeto de R.U. e enviaram para análise da reitoria. Mas não pararam por aí: enquanto o RU não vem, foram atrás de orçamentos de marmitex e criaram um projeto de proposta de que a Universidade subsidie o valor que exceder aos R$1,60 pagos no RU do campus sede.

De outro lado, não há qualquer iniciativa cultural do DCE no campus. À parte isto, no campus há criação de animais que precisam ser reformuladas urgentemente. Apesar de estes porquinhos serem muito simpáticos,



a falta de preparo da estrutura leva à poluição e contaminação do ambiente:
sendo que um depósito para os dejetos não resolve o problema:


Os estudantes tem propostas de implementação de biodigestores (utilizar o gás como fonte de energia para o campus). Com as ovelhas, o problema é menor, pois eles elaboraram uma maneira de reaproveitar os dejetos e sobras de alimentos (usados como adubo):

Conheça mais o campus:





Estação Metereológica Automática





Por enquanto, são estas as informações que temos sobre Gaúcha. O pessoal de lá que faz parte da chapa ficou de fazer um texto falando mais (confiram, em breve). Obrigada à Monique, ao Zé e a todo o pessoal que nos acolheu muito bem, e que com a sua movimentação fornece uma referência para os outros campus. Sinceros parabéns.

Obs.: Em Gaúcha, há árvores frutíferas por todo o campus (e eles sabem o melhor horário de comê-las), e o café é de graça pra todo o campus...

Reitoria da PUC-SP está ocupada

Reitoria da PUC-SP está ocupada
Bruno Huberman 18 de novembro de 2010 às 17:28h

Estudantes reivindicam a diminuição da mensalidade, que aumentou nos últimos anos sempre acima da inflação

A reitoria da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no bairro de Perdizes, foi ocupada por mais de 300 estudantes nesta quinta-feira 18, novamente. Em 2007, centenas de universitários já haviam ocupado por 10 dias as dependências da então reitora Maura Véras. Na ocasião, foi motivada pelo processo de redesenho institucional que estava sendo imposto aos estudantes, professores e funcionários. Entre outras mudanças da tal “reestruturação”, estava a maior participação do poder eclesiástico no cotidiano da universidade para tentar saldar a dívida de mais de 300 milhões de reais da instituição. Daquela vez, os padres e a reitora enxergaram como solução a intervenção da polícia para resolver o problema que tinham em suas mãos. Essa foi a segunda vez que policiais invadiram a PUC para conter o movimento estudantil, exatos trinta anos depois de Erasmo Dias comandar a tropa de choque na dispersão do encontro da União Nacional dos Estudantes (UNE), que tentava se rearticular após ser desmantelada pelo regime de repressão que ainda vigorava na época. Em 1977, a então reitora Nadir Kfouri enfrentou os militares, já em 2007 a cavalaria invadiu o espaço universitário convocada por quem o administrava.

Agora, em novembro de 2010, o motivo da ocupação é reflexo daquele de três anos atrás: aumento das mensalidades. Desde a aplicação da reforma institucional na PUC, o valor pago pelos estudantes aumentou sempre acima da inflação. Atualmente, uma comissão de alunos está levantando o valor exato do reajuste. Desde o início do corrente período letivo, o movimento estudantil puquiano promoveu debates, assembléias e audiências públicas com o reitor Dirceu de Mello para, entre outras reivindicações, exigir a diminuição da mensalidade. Um abaixo assinado com mais de 2.000 assinaturas, que equivale a 15% do universo estudantil da PUC, foi encaminhado ao reitor e a Fundação São Paulo, a mantenedora da universidade e ligada a Arquidiocese de São Paulo.

A decisão final seria tomada na reunião do Conselho Administrativo (Consad) da universidade nesta quinta-feira 18, contudo padres e reitor negaram a exigência de diminuição da mensalidade e seguidas vezes questionados sobre o aumento para 2011, não responderam aos estudantes presentes. Logo após a reunião, os estudantes decidiram em assembléia partir para uma atitude mais extrema: a ocupação. O reitor então conversou com os estudantes e lamentou a decisão tomada por eles. Mello garantiu que não irá chamar a polícia, como fez a sua antecessora, porém negou fazer o acordo por escrito. Ele não pode assinar uma promessa dessa. Por conta daquele redesenho institucional, o reitor, assim como a rainha da Inglaterra, reina mas não governa. Infelizmente, como previam os estudantes há três anos, a reforma foi um retrocesso político da universidade. Quem mandam agora são os padres. O reitor, eleito pelo voto estudantil, não governa a plenos poderes.

“Nós já nos organizamos em comissões de imprensa, segurança, de atividades culturais, entre outras. Vamos manter a ocupação. Porém, estamos apreensivos, já passaram dois carros de polícia aqui na porta”, conta a estudante de jornalismo Gabriel Moncau, uma das que ocuparam a reitoria na manhã desta quinta-feira. A PUC e a Fundação São Paulo tem 24 horas para pedir a reintegração de posse pela polícia sem mandato judicial.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Legislação - o espaço físico dos CA's é obrigatório

Lei 14808 - 27 de Julho de 2005

Publicado no Diário Oficial nº. 7028 de 28 de Julho de 2005

Súmula: Assegurada, nos estabelecimentos de ensino superior, públicos e privados, a livre organização dos Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos e Diretórios Centrais dos Estudantes, conforme especifica.
 
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º. É assegurada, nos estabelecimentos de ensino superior, públicos e privados, a livre organização dos Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos e Diretórios Centrais dos Estudantes, para representar os interesses e expressar os pleitos dos alunos.
Art. 2º. É de competência exclusiva dos estudantes a definição das formas, dos critérios, dos estatutos e demais questões referentes à organização dos Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos e Diretórios Centrais dos Estudantes.
Art. 3º. Os estabelecimentos de ensino a que se refere o artigo 1º da presente lei deverão garantir espaços, em suas dependências, para a divulgação e instalações para os Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos e Diretórios Centrais Estudantis, além de garantir:
I – a livre divulgação dos jornais e outras publicações dos Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos e do Diretório Central dos Estudantes, bem como de suas Entidades Estudantis Estaduais e Nacionais;
II – a participação dos Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos e do Diretório Central dos Estudantes nos Conselhos Fiscais e Consultivos das instituições de ensino;
III – aos Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos e do Diretório Central dos Estudantes o acesso à metodologia da elaboração das planilhas de custos das instituições de ensino;
IV – o acesso dos representantes das entidades estudantis às salas de aula e demais espaços de circulação dos estudantes, respeitando-se o bom senso.
Art. 4º. Os espaços aos quais se refere o artigo anterior, deverão ser cedidos, preferencialmente, no prédio correspondente ao curso que o órgão estudantil representa, um para cada curso, em local que permita fácil acesso do aluno ao Centro Acadêmico de seu curso.
Art. 5º. No caso de descumprimento das disposições desta lei, os estabelecimentos particulares de ensino superior estarão sujeitos à aplicação de multa, a ser fixada entre R$ 5.000,00 e R$ 50.000,00, corrigidos anualmente a partir da publicação desta lei.
Parágrafo único. A multa prevista no caput será cobrada mensalmente, até o total cumprimento dos dispositivos previstos neste diploma legal.
Art. 6º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 27 de julho de 2005.

Roberto Requião
Governador do Estado

A polêmica do valor da multa da Biblioteca


Créditos: ctauem.blogspot.com
De acordo com a proposta dessa chapa, devemos levar nossos problemas para discussão dentro do movimento estudantil. Pois bem, um problema que enfrentei algumas boas vezes na graduação foi o valor das multas da biblioteca. Um esquecimento em uma semana corrida ou um atraso para voltar de uma viagem e pronto: 9, 75$ pelo atraso de 1 dia de 5 livros. Tendo passado por essa situação algumas vezes e vendo amigos passarem por isso também, comecei a me questionar do porquê de um valor tão alto. Porque não abaixar? Se a universidade é pública e seu acesso deve ser gratuito, porque o serviço da biblioteca tem que ser tão alto? Para algumas pessoas com condições financeiras melhores, esse valor pode não significar grande coisa, mas e para o estudante que se sustenta com bolsas e está sempre apertado? Se a universidade se diz pública e gratuita, porque não favorecer o acesso das pessoas que ralam para se manter nos estudos? Que sentido tem uma política de assistência estudantil pela qual temos uma multa de 1 dia de somente 1 livro (1, 95$) com um valor mais alto do que de uma refeição no R.U. (1, 60$)?

Questionar o alto valor da multa da Biblioteca faz muito sentido para mim, mas descobri que não faz para todos os estudantes. Na verdade, falar em abaixar a multa da Biblioteca ou em aumentar (ou pelo menos divulgar) o dia do Perdão é uma grande polêmica. Pelo que observei, muitos estudantes parecem ser contra por certos motivos, como:

- Acreditam que, caso não houvesse uma multa com esse valor, muitos alunos não devolveriam os livros.
- Tem necessidades diferentes quanto aos livros. Muitos cursos usam livros para checar como se resolve um exercício, por exemplo. Neste caso, é muito mais importante que os livros sempre estejam na biblioteca para que os alunos possam consultá-lo. O que, inclusive, cria nos alunos uma chateação para com aqueles que atrasam os livros. No caso desses alunos que não retiram muito os livros, quanto maior a punição para os que atrasam, melhor. Não só porque querem os livros na biblioteca, mas também porque dificilmente serão eles que irão passar na pele a situação de pagar valores tão altos.

No caso do primeiro motivo exposto, existe a proposta de maneiras alternativas para punir os alunos que atrasam os livros, como não permitir que esses alunos emprestem livros por uma determinada quantia de dias. Novas medidas como essa poderiam exercer essa força punitiva que muitos têm medo que deixe de existir caso a multa diminuísse. Além disso, a multa não precisa ser tão alta para que seja uma punição àqueles que atrasam; considerando que ela é MUITO alta, precisaria que ela abaixasse muito para que fosse insignificante para alguém. Desse modo, incentiva-se o aluno que atrasa a devolver no momento em que ele lembrar do atraso, sem que ele se desespere com o valor a ser pago pela multa. O desenvolvimento dessas novas formas punitivas também ajudaria no caso do segundo motivo. Assim como o aumento da divulgação do dia do perdão.

Afinal, para onde vai tanto dinheiro?

Descobri que a UEM usa esse dinheiro para comprar livros, mas também descobri que existe uma grande quantidade de livros no subsolo da BCE devido à falta de espaço nas prateleiras. Assim, através da multa se arrecada cada vez mais dinheiro para a compra de livros e, no entanto, não podemos aproveitar o INVESTIMENTO INSTITUCIONAL que somos OBRIGADOS a realizar caso queiramos utilizar os livros da BCE. Isso parece coerente para você?

(Vivian Gombi - 4º ano de Filosofia)

20 DE NOVEMBRO - DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


  Quem não entende as ligações do presente com o passado não pode perceber o quanto há de escravidão nos dias de hoje. Milhões de negros estão condenados a viver à margem da vida social pela arrogância dos poderosos, descendentes diretos e continuadores dos “senhores de ontem”. A princesa Isabel nos fez alimentar durante um século a ilusão de que um MILAGRE BRASILEIRO tinha acontecido em 1888, pela assinatura da Lei Áurea. Fomos levados a acreditar que a escravidão, quase que por um toque de mágica, tinha sido banida do país por decreto imperial e esquecida definitivamente.
Mas, acordamos... E descobrimos que ela nunca foi banida. Escravidão ainda existe. Ela está viva! É atual, permeia nossa realidade. Mesmo com um documento de porte querendo afirmar o contrário. A abolição, na medida em que não promoveu a integração social do escravo, reafirmou a idéia de inferioridade do negro, o que contribuiu ainda mais para sua marginalização. Alguém escreveu que com a Lei áurea, não foram os negros que conquistaram a liberdade, e sim os brancos que se livraram dos negros.
Há um longo e sofrido caminho para que os efeitos da escravidão sejam eliminados e surja uma sociedade de cidadãos com direitos e deveres iguais. Algo está mudando, porém são muitos os negros que continuam presos nos porões de nossa sociedade.
Na verdade, nos acostumamos à situação existente no Brasil e confundimos tolerância social com democracia social. Para que haja esta ultima, não é suficiente que haja “alguma harmonia” nas relações sociais de pessoas pertencentes a estoques sociais diferentes ou que pertençam a raças distintas. DEMOCRACIA significa, fundamentalmente, igualdade social, econômica e política. Não conseguiremos construir uma sociedade democrática nem para os “brancos”. É uma confusão pretender que o negro e o mulato contam com igualdade de oportunidades diante dos brancos em termos de renda, prestígio social e poder. O padrão brasileiro da relação social, ainda hoje dominante, foi construído para uma sociedade escravagista, ou seja, para manter o “negro” sob sujeição de “branco”. Enquanto esse padrão de relação social não for abolido, a distância econômica, social e política entre o negro e o branco será grande, embora tal coisa não seja reconhecida de modo aberto, honesto e explicito.
A propalada “democracia racial” não passa, infelizmente, de um mito social criado pela maioria: ela não ajuda o branco no sentido de obrigá-lo a diminuir as formas existentes de resistência social à ascensão social do negro, nem ajuda o negro a tomar consciência realista da situação para modificá-la.
“O racismo, algoz da alma, é um sentimento antinatural. Porque a mãe natureza, da mesma forma que a alma humana, também ama a diversidade. Nenhuma criação natural se repete; todas elas são infinitamente variadas. Não há uma única impressão digital igual a outra; nenhum rosto exatamente igual ao outro, desde que o homem existe sobre a Terra; nenhum planeta ou estrela, nenhuma folha; nenhum dia ou noite que se repitam. Como cada pessoa, cada coisa que existe é única, não se repete e é diferente de todas as outras”.


Texto - Tatiane Maffini - Direito.

Os 7 motivos para boicotar o ENADE!

  1. Os estudantes são avaliados ao longo de seu curso através de provas, dissertações, exercícios, etc. Essa é a verdadeira "avaliação de desempenho" dos estudantes. Por isso, o poder público deveria se preocupar em saber se essa avaliação, aplicada cotidianamente pelas universidades, é adequada ou não. Se o fizesse, constataria que na maioria dos casos não é. Mas com o ENADE todas as avaliações são reduzidas a 40 questões. Em resumo: Com o ENADE o poder público não só não faz o que deveria fazer, como finge fazer o que ele na verdade não faz.
  2. Em 2005 o MEC concedeu 50 bolsas de estudos para as melhores notas EM TODO O PAÍS. E em 2006 esse número foi ainda menor, a saber, 20 bolsas distribuídas pelo Brasil.
  3. No caso das universidades públicas, o ENADE serve de pretexto para valorizar e desvalorizar os cursos de acordo com sua nota no conceito. Essa política desconsidera de que os cursos com pior desempenho são justamente os que mais necessitam de investimentos.
  4. Como se já não bastasse tudo isso, há muitas faculdades organizando cursinhos "pré-ENADE" com casos de estudantes serem obrigados a comparecer nas aulas. Ora, se o curso oferecesse ensino de boa qualidade, não seria necessário promover aulas extras.
  5. Os professores que fazem as questões são voluntários, e por isso não há a garantia de ser bons professores. Além disso, não são os próprios que corrigem as provas e as chances de vazar conteúdo da prova são enormes, pois estes professores podem buscar favorecer sua universidade.
  6. Por ser uma prova de padrão nacional, o ENADE desconsidera totalmente o fato de o Brasil ser um país de dimensão continental, com uma diversidade social, econômica e cultural enorme, e que a organização pedagógica e currícular dos cursos superiores no Brasil considera essa diversidade. Para o ENADE, essa riqueza simplesmente não existe. A prova é a mesma de Norte a Sul do páis.
  7. Cada curso avaliado recebe um conceito entre "A" e "E". Forma-se então um ranking das universidades. A questão é: pra que? A justificativa que se dá é que dessa forma "o mercado se auto-regula" e que "a auto-regulação garante a qualidade dos serviços". No entando, essa lógica é mentirosa pois O ENADE serve na verdade para garantir os lucros dos donos das faculdades particulares, cujas condições de trabalho e estudo são em geral extremamente precárias, mas que, com o ENADE, ostentam o conceito "A" em suas peças publicitárias. Há um falsa melhora dos serviços gerada por um conceito sem pesquisa.

Semana da Consciência Negra - Zumbi 300 anos

Roda de capoiera realizada ontem no RU.

























Semana da Consciência Negra - Zumbi 300 anos

  Semana da CONSCIÊNCIA NEGRA Zumbi 300 anos
                  
                Pense. Participe. Movimente-se
   
 Terça-feira:
 Roda de capoeira às 11h30min no restaurante Universitário

 Quarta-feira:
Trio simpatia às 11h30min no Restaurante Universitário

 Quinta-feira:
      Hip Hop: Spektroh, marshmellow, BIG filho, coletivo SS.
às 11h30min no Restaurante Universitário

Sexta-feira:
 Filme: Terra deu, Terra come às 20h no Restaurante Universitário. Este filme Documentário esta sendo lançado nas salas de Cinema convencionais e juntamente nos pontos de exibição cine-clubista, com o apoio do Ministério da Cultura.

Sinopse:
Terra Deu, Terra Come é um filme cheio de encantos e encantamentos. Pedro de  Alexina, 81 anos, comanda como mestre de cerimônias o funeral de João Batista, morto  aos 120 anos. Documentário, memória e ficção se misturam para tecer uma história fantástica que retrata um canto metafísico do sertão mineiro. É preciso ver para crer. Nesse ambiente, às vezes, disputas se resolvem com tiros. Corpos são reclamados pelo diabo por conta de contratos e as pessoas dizem "nonada" (exatamente a primeira palavra de "Grande Sertão: Veredas"). Por isso, entre outras coisas, é que "Terra Deu, Terra Come" é uma viagem, convidando a um mergulho nesse universo tão peculiar que é desvendado pela câmera e iluminado pelas pessoas e suas histórias.

O nosso R.U.

Ninguém nega que o R.U. é uma "mão na roda" para quem estuda na UEM: uma economia de tempo, dinheiro e um lugar para encontrar os amigos. Conquistamos o RU aos sábados e o café da manhã, coisa rara em Restaurantes Universitários. Isso, contudo, não caiu do céu: foi a movimentação dos estudantes que nos deu isso. Como dizia a Rosa Luxemburgo, as conquistas não vem como presentes de Natal.

Talvez você tenha visto alguns cardápios com preços de R.U.'s de outras Universidades que nós andamos colando por aí. A idéia era acabar com o mito de que o Restaurante já tem um cardápio satisfatório e que faz jus aos R$1,60 do ticket avulso, R$1,44 do mensal. Temos RU aos sábados e café da manhã, mas o cardápio pode melhorar. Para os vegetarianos (e eu entre eles/as!), a falta de um complemento é um grande problema - alguém aí gosta de comer arroz, feijão e acelga? Nos cartazes pudemos ver que cardápios melhores são possíveis (e até com menor preço, como a UFPA (picadinho à jardineira, arroz branco, feijão com cariru, farofa, purê de batata, banana. (R$1,00), na UFPR (arroz, feijão, batata grelhada, quirera, salada de abobrinha, pipoca doce (R$1,30), entre outras).

Ok. E aí? Não estamos interessados em empunhar "bandeiras" vazias que não ajudam em nada e de que já estamos todos cheios. Para além de constatar isso, que não exigiu mais que um tempo recolhendo as informações na internet, precisamos saber quais os problemas que enfrentamos, onde é que a coisa "tranca", entrava: para resolver um problema, é preciso colocá-lo.


Por isso, fomos conversar com o recém novo Chefe do RU para saber em que pé estão as coisas por lá. Muito gentil, ele nos explicou que a estrutura do RU (leia-se equipamentos e funcionários) não dá conta de oferecer complemento a todos os estudantes. Diariamente, é nestas panelas que é feito com muito carinho o nosso arroz e feijão diários (duas de arroz e uma de feijão):


E nestas é feita a carne cozida (à direita) e as frituras (à esquerda):
Para fazer o complemento, pode ser usada esta panela e outra do mesmo tamanho:

Por conta disso, o complemento teria que ser apenas para vegetarianos. O Chefe teve a idéia de fazer um cadastro dos vegetarianos que freqüentam o RU. Entretanto, tem pessoas que não gostam de todas as opções de carne, e gostariam de pegar o complemento em alguns dias. Este é um dos problemas a serem discutidos.

No próximo ano, serão implementadas catracas eletrônicas na entrada do RU. Com isso, a administração do Restaurante prevê uma diminuição da fila. Percebemos que ela diminuiu ultimamente em função do Restaurante Popular inaugurado na Vila Olímpica. Apelidado de "Pops", muitos estudantes da UEM estão preferindo almoçar lá. Não é sem razão, pois lá há complemento (exemplo: arroz, feijão, carne, macarrão, tabule, fruta e suco) e o preço é menor que o RU: R$1,50.

Para o próximo ano, espera-se resolver problemas básicos como consertos e a adição do complemento. Mais uma salada também é considerada possível: a questão é mãos para o serviço. Com toda razão, os funcionários temem ter que trabalhar mais do que ja trabalham para realizar estas melhorias. É preciso contratar mais funcionários, e não apenas substituir um novo por um que se aposenta, como vem sendo feito.

Existe um projeto de RU 2 (feito na década de 80, se não me engano) amarelando em alguma gaveta da Universidade. Este projeto poderia ser revisto. Afinal, novos cursos abriram e a tendência do número de usuários é só aumentar.

Estudante traz complemento para o RU.


Obrigada ao pessoal do RU!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Que Porra é Essa?! - PARTE 2 (9 min de 19)

Segue a segunda parte do vídeo.

DE QUEM É O PODER? (sobre a descentralização no DCE)


O Diretório Central dos Estudantes tem uma renda de aproximadamente 70 mil reais anuais. Você sabe o que é feito com esse dinheiro? Sabemos de onde ele vem, mas não sabemos pra onde vai. Isto acontece por dois motivos. Primeiro porque o destino desse dinheiro não é decidido em conjunto com os estudantes, mas sim fica centralizado em uma pequena diretoria de 2 ou 3 pessoas. Segundo porque há pouquíssima participação dos estudantes, uma vez que nossa organização política ocorre pela democracia representativa (eu voto em você e você me representa). Na última eleição para o dce, dos mais de 18 mil estudantes matriculados na UEM, votaram menos de 3 mil. Quer dizer, mesmo com a idéia de que basta votar para participar, ainda assim os estudantes não participam em sua maioria. 

Pergunta: O que isso tem a ver comigo? Ora, sabemos que em uma universidade pública acontecem muitos problemas. Poderíamos lotar este blog apontando problemas em cada canto da UEM. Porém, não estamos aqui para falar profeticamente deles, mas sim para pensar em um modo inteligente de enfrentá-los. Enquanto mantermos as decisões do dce fechadas em uma diretoria minúscula e enquanto o voto na eleição for a única via de participação do estudante, menos chance temos de superar nossos problemas e mais fraco o movimento estudantil fica. Refletindo essas questões, a Chapa 1 se compromete a iniciar um movimento pela participação direta dos estudantes no dce. Caso eleitos, TODAS as decisões da entidade serão tomadas em uma reunião aberta e deliberativa realizada ao final de cada mês, na qual as decisões serão tomadas por meio de voto universal (cada voto tem o mesmo valor). Isso significa que todo e qualquer estudante poderá participar livre e ativamente das decisões da entidade, seja por uma necessidade individual ou com vistas ao bem comum. 

Por exemplo, se você tem uma ideia de atividade que na sua cabeça é muito importante para a UEM, basta ir a uma reunião do dce, expor essa ideia, convencer os participantes da reunião de que realmente é uma atividade importante e se assim ficar decidido, lá mesmo será encaminhada, por você, a realização desta atividade – com todo o apoio necessário do dce. É uma maneira de recuperar a força do movimento estudantil, acreditando no estudante e descentralizando o poder das diretorias que historicamente pouco ou nada fizeram pelos estudantes da UEM

Não queremos decidir nada por vocês, queremos que vocês decidam com a gente!