quinta-feira, 17 de março de 2011

PROBLEMAS NO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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Realizou-se no dia 14/03/2011 na Universidade Estadual de Maringá, um ato dos estudantes de Educação Física em parceria com o Diretório Central dos Estudantes, contra a falta de professores, problema esse que afeta toda a Instituição.
O curso de Educação Física da UEM já teve um quadro docente de 50 professores e, havia apenas uma habilitação (Licenciatura) e um turno (integral).

Com o passar dos anos, foi aberto o período noturno e, em 2006 aberto o bacharelado, porém, o número de docentes diminuiu. Atualmente temos 31 professores atuantes e 10 afastados por motivos de licenças especiais, pós-graduação e aposentadoria.

Professores colaboradores estão com carga horária de sala de aula de mais de 14h/a, que seria o correto e, infelizmente alguns professores têm mais horas na pós-graduação do que na graduação.

Esta situação, aliada à falta de espaço físico encontrada no departamento vem se arrastando há pelo menos dois anos e, atingiu um ponto crítico neste inicio de ano. Visto que seria impossível qualquer docente do departamento aumentar sua carga horária para acolher as 96h/a que estão vagas, os professores do DEF decidiram quinta-feira (10/03) por uma paralisação. Assim que o Centro de Ciências da Saúde ficou sabendo da paralisação, veio a garantia de contratação de 3 professores temporários e, a ida do Reitor à Curitiba para negociar diretamente com o governador a contratação dos concursados.

Na segunda feira (14), uma assembléia geral foi puxada com o objetivo de saber se os estudantes apoiariam ou não o indicativo de paralisação dos professores. O Centro Acadêmico se posicionou contra a paralisação, enquanto o Coletivo "da Luta Não Me Retiro" avaliando a conjuntura da situação apoiava a paralisação dos professores.

Após a promessa do CCS, a maioria dos professores recuaram na paralisação, restando aos estudantes apenas decidir que tipo de ação tomar frente à situação. Durante a assembléia, surgiram falas que iam contra a paralisação, por motivos de atraso nas aulas, porém, em três falas surgiu o indicativo de realizar algum ato.

Observando a situação favorável, o Coletivo "da Luta Não Me Retiro" em parceria com o DCE, que já havia afirmado apoio total às ações tiradas na assembléia, sugeriu um ato na rua, que parasse a rodovia e depois, fosse à reitoria. A pauta foi aprovada por contraste visual na assembléia e, imediatamente após os estudantes saíram para o Ato. Por pedido da direção do Centro Acadêmico, fomos convidar os professores para construir o ato conosco, porém, dois deles ao dar os informes do que estava se passando na reunião dos professores, tentaram desmobilizar o movimento, por não visualizar a totalidade do problema na universidade.

Saímos para o ato e paralisamos a rodovia por 11 minutos em cada sentido, 1 minuto para cada professor que seria necessário contratar. Após isso, fomos à reitoria e, o Reitor Prof. Dr Julio Santiago nos recebeu, juntamente com a vice-reitora, diretora e vice do CCS e Pró-Reitora de Recursos Humanos. Foi garantido a contratação dos professores, readequação da carga horária de outros e a garantia de negociação direta com o governador, que acontece hoje (15/03).

Após a reunião, o reitor baixou uma portaria que cria uma comissão que irá averiguar a carga horária de TODOS os professores da UEM para mapear onde faltam professores e planejar medidas de correção das irregularidades.

Satisfeitos com as garantias, os estudantes saíram da reunião com o indicativo de sempre estar observando as ações da reitoria e, se não solucionada a situação em tempo hábil para reposição dessas aulas, realizar nova manifestação.

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