Maringá, 28 de março de 2011
Prof. Dr. Júlio Santiago Prates Filho,
Os estudantes da Universidade Estadual de Maringá, com apoio do Diretório Central dos Estudantes, neste sábado (26/03), pularam as catracas do Restaurante Universitário, em ato de protesto à situação precária do RU – I, e em apoio às exigências dos funcionários do Restaurante frente à administração. A mais de quatro anos temos visto a demanda pelo Restaurante Universitário aumentando cada vez mais. Novos cursos foram criados, novos estudantes entraram nos últimos anos, e a estrutura, tanto humana, quanto material-estrutural, do RU – I continua a mesma. Respeitamos e defendemos a pauta dos funcionários do RU na medida em que não admitimos que direitos conquistados por eles, sejam retirados por uma nova administração, sendo que foram providos pela antiga. Contudo, enquanto estudantes, apontamos e reivindicamos esses problemas em nome não só dos estudantes que já dependem do serviço do restaurante, mas também em nome daqueles que ainda irão entrar na Universidade, para que seu acesso e sua permanência sejam garantidas. Desse modo alguns pontos com relação ao Restaurante devem ser levantados:
Expansão do RU-I: As filas do Restaurante Universitário vêm aumentando nos últimos anos. A implementação da política de cotas, a criação de novos cursos e os 3.000 calouros que entram todo ano na Universidade, deixam clara a necessidade de que o prédio do atual RU deve ser expandido. A cozinha existente é pequena demais para suportar a atual demanda. Esse problema se mostra premente e nenhuma solução sequer é esboçada pela atual administração. Além disso, o projeto da criação do RU-II permanece engavetado desde a década de 80, naquela época era considerado ponto importante para a expansão da Universidade, torna-se agora necessário para cumprir a crescente demanda universitária. Outra questão candente são as extensões, são os campi mais recente na Universidade e dessa forma sofrem problemas estruturais que beiram ao descaso, um desses problemas é a ausência do RU em cada extensão, obrigando dessa maneira, o estudante pagar caro por alimentação na Universidade Pública.
Política de Isenção de Taxa do RU: Não podemos admitir mais que nessa Universidade estudantes trabalhem em troca de suas refeições. Isso não acontece em quase nenhuma Universidade no país, e em várias delas existem políticas de isenção que eximem os estudantes que necessitam de pagar pela comida no Restaurante. Essa política seria direcionada àqueles estudantes que comprovarem a impossibilidade de arcar com o valor mensal das refeições do RU a um grupo de técnicos capacitados. Somente desse modo esse problema (de trabalhar por comida) seria suprido com responsabilidade.
Contratação de funcionários: O problema, que acontece hoje entre a administração e os funcionários atuais do RU-I, é resultado do cumprimento de promessas de campanha feitas pelo antigo reitor aos estudantes que foram cumpridas não com os investimentos necessários para garantir a permanência dessas melhorias, mas sim com acordos imediatos que conseguiram num primeiro momento cumprir as promessas, mas que a muito tempo se mostram insuficientes para a manutenção do RU. Não basta somente expandir o prédio e a cozinha do RU. Mais funcionários devem ser contratados, mais material deve ser comprado, para que mais e melhores opções de comida possam ser disponibilizadas.
Cardápio: Já não é de hoje que os estudantes que freqüentam e dependem dos serviços do RU-I levantam a possibilidade de melhores e mais variados cardápios. Uma reivindicação que cada vez mais tem adeptos entre os estudantes é a Opção Vegetariana, pois os alunos vegetarianos necessitam de comer somente arroz feijão e salada nas suas refeições. Isso já é realidade em outras Universidades inclusive com um preço mais reduzido que o do RU da UEM. Como mostra os exemplos:
· UFPA: picadinho à jardineira, arroz branco, feijão com cariru, farofa, purê de batata, banana. (R$1,00)
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· Na UFPR: Salada Mista Verde II, Peixe à milanesa com limão, Batata amassada com bacon e Melancia. (R$ 1,30)
Podemos citar também o Restaurante Popular de Maringá que com R$1,50 se desfruta de um cardápio com arroz, feijão, salada de grão de bico, filé de peixe ao molho tártaro, pirão, e uma fruta.
Contra a criminalização do Ato de Sábado "Pula-Catraca"!: Foi um ato político uma vez que a reitoria não se manifestou durante um mês em relação às reivindicações dos funcionários, precisamente a exoneração do chefe.
Para que a UEM possa realmente “Seguir em Frente”.
Diretório Central dos Estudantes (Gestão Movimente-se UEM).
3 comentários:
A carta ficou muito boa!!!!
E continuemos na luta..
;)
Só um adendo, a refeição do restaurante popular não custa 1,50 não.
Ela sai por 1,50 para o usuário, a prefeitura que paga o resto
O valor por refeição se não me engano fica em torno de 4 reais
O valor de refeição no R.U é 4,50. Nós da UEM que pagamos 1,60..
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