terça-feira, 3 de maio de 2011

NOTA DA ANEL: NÃO AO CORTE DO VALOR DA BOLSA-TRABALHO DA UEM

A Universidade Estadual de Maringá, por meio de seu Conselho de Administração (CAD), nessas últimas semanas vem discutindo o Orçamento Gerencial da universidade. Nessa questão, ficam evidentes os reflexos dos cortes no orçamento federal e estadual realizados por Dilma e Beto Richa, respectivamente.

A UEM ampliou somente no último ano em 14 novos cursos e essa expansão não foi realizada com o mínimo de coerência possível, pois faltam professores, funcionários, laboratórios e uma política de permanência aos novos estudantes.

Nós da ANEL, que compomos a Gestão Movimente-se no DCE-UEM, sempre denunciamos os problemas que enfrentamos em nossa universidade. Foi assim no ato realizado pelos estudantes de Educação Física que demonstraram a falta generalizada de professores. Também durante a ocupação realizada no Restaurante Universitário (RU), quando dizíamos que os problemas dos funcionários e dos estudantes estavam relacionados ao corte. Agora, mais uma vez, isso se torna evidente no corte que seria realizado no valor da Bolsa-Trabalho.

A Bolsa de Formação Acadêmica, vulgo Bolsa-Trabalho, está longe de ser uma Política de Permanência aos estudantes e existe simplesmente pela falta de funcionários na UEM. Para a universidade é muito mais fácil manter essa bolsa em detrimento a contratação de novos funcionários, pois além da remuneração ser inferior (o bolsista recebe R$ 3,75 enquanto um funcionário de carreira recebe cerca de R$ 8,00 por hora trabalhada), não necessita pagar os encargos trabalhistas que realizaria.

Nossa posição sempre foi clara em relação a essa bolsa. Acreditamos que nela existem diversos problemas, pois os estudantes geralmente desempenham funções que não estão relacionadas à sua formação e o critério do número de bolsas e seleção estão relacionados apenas com o déficit do quadro funcional da UEM ao invés da real demanda estudantil.

Além disso, acreditamos que os estudantes saem de suas residências familiares para cursar sua graduação, desenvolver projetos e não para trabalhar dentro de uma universidade em algo que não está relacionado ao seu curso. Por isso, sempre defendemos que essa bolsa seja transformada imediatamente em bolsa de Ensino e que todos bolsistas sejam automaticamente vinculados a essa modalidade.

Apesar de nossas críticas a Bolsa-Trabalho, para nós, ela é importante para os estudantes se manterem dentro de Maringá e conseguirem pagar o aluguel mais caro do Paraná. Assim, nos posicionamos contrário à proposta da Reitoria e propusemos dentro dos Fóruns do DCE a realização do ato (02/05) quando seria votado o orçamento gerencial da UEM, pois a vitória nessa votação seria crucial para podermos manter o valor da bolsa.

A realidade demonstrou mais uma vez a importância da Mobilização Estudantil. Os manifestantes ao lado de fora da reitoria davam forças aos representantes discentes dentro da reunião do CAD. Assim, conseguimos aprovar uma proposta de orçamento que mantem o valor das bolsas. Contudo, a luta continua, pois na próxima quinta-feira irá ser votado neste conselho o valor e a vigência das bolsas.


Assim, convocamos tod@s estudantes a participarem da Reunião Extraordinária da Gestão, na quarta-feira às 17h30 e se encontrar na frente do DCE às 13h30 da quinta-feira para cobrarmos desse conselho que mantenha o valor atual da Bolsa-Trabalho

8 comentários:

Comodoro disse...

É importante que fique claro que não foi a ANEL quem levantou a mobilização estudantil.
Foi o DCE gestão MOVIMENTE-SE!

Anônimo disse...

E está claro!

Apenas propusemos!
A ação foi uma ação consciente, deliberada em reunião da Movimente-se.

Ficou claro?

Anônimo disse...

O DCE da UEM é ligado à ANEL?

Anônimo disse...

E o DCE não fala nada sobre o sequestro relâmpago do menino do Direito? Como assim?
Gente, é um problema muito sério pra passar em brancas nuvens.
Galera, movimentem-se!

Nicolle. disse...

O DCE não é ligado, mas na composição da gestão, há alguns membros que fazem parte da ANEL.

Anônimo disse...

Pessoas, estava lendo alguns posts anteriores e talvez aqui se encontre algumas dúvidas (ou divergências) sobre a participação de grupos políticos ou entidades estudantis.

Sinto que as vezes o fato de escrevermos uma nota pela ANEL ou por qq outra entidade é algo que soa como se estivéssemos "desvalorizando" a gestão ou como se não estivéssemos construindo-a.
Acredito que seja o contrário disso. Só o fato desses posts estarem aqui e não em outro lugar, significa que os grupos que atuam no DCE querem construí-lo, mas com isso tb expressam suas ideias e sua política, seja ela nacional ou local...

Não é pelo fato de uma nota ser da ANEL, ou da UJC, ou da UNE, ou de um "Coletivo Libertário" que quer dizer que isso expressa a totalidade (ou uma deliberação aprovada) da gestão. Nem o fato de um grupo expressar-se mais e outro menos que quer dizer que um é "maioria" e o outro "minoria". Todas são questões muito particulares e relativas...

Acho que é positivo as correntes se expressarem, mostrarem suas opiniões e levarem suas políticas a entidade da maneira mais clara possível... Todos sabem, e não é segredo que o Phill, por exemplo, constrói a ANEL. Também constrói o DCE! Mas o Phill que constrói o DCE é o mesmo que constrói a ANEL. Então, nada mais justo que suas opiniões para entidade estejam respaldadas por sua política nacional, no caso, a ANEL. Mesma coisa pra galera da UJC, ou dos coletivos anarquistas, do PSOL, etc etc..

Concordando com o Comodoro numa publicação anterior.. acho que aqui só não deve ter espaço pra direita!!

Sobre ser "ligado" a X ou Y, acho que o termo "ligado" é muito inexpressivo politicamente. Qual a intenção desta pergunta? Quer saber se o grupo "aparateia" a entidade como faz a UNE em suas gestões como no Bonde do Amor? ou se tem pessoas que participam/compõem/reivindicam tal entidade?
Essa pergunta frequente me parece mais provocação barata da direita da UNE que uma dúvida em si...

Na minha opinião não temos "ligação" alguma com a UJS, o PCdoB, a juventude do PT ou do PSDB.. e temos ligação com toda a esquerda. Nos dispomos a debater, aprofundar as divergências e disputar politicamente as diversas propostas de políticas estudantis que nos são apresentadas. E por isso essas propostas precisam aparecer cada vez mais!! seja por uma manifestação na reitoria contra o corte de bolsas ou mesmo as propostas do governo federal/estadual para a educação!

Bartolomeu disse...

O DCE é composto por anarquistas, apartidários, membros da ANEL, PSTU e PCB, mas não é ligado à nenhuma entidade.

SOMOS INDEPENDENTES.

E para responder o comentário anônimo sobre o sequestro-relâmpago, no dia seguinte eu dei entrevista para a tv em nome do DCE.

Anônimo disse...

É verdade eu vi sim que o DCE se pronunciou sobre o que aconteceu com aluno do Direito.

Mas, acho que cabe ao DCE cobrar que se invista mais em segurança na Universidade, segurança contra esse tipo de crime absurdo que esta acontecendo, a zona 7 esta realmente muito violenta, acho que o DCE deveria se pronunciar sobre isso.