No último dia 24, fomos presenteados por Carlos Latuff, que foi convidado para a Calourada 2011. O tema do desenho que o cartunista fez no DCE foi a repressão policial:
(créditos: "Carlinhos" - Geografia. Clique para ampliar)
O desenho, assinado como "dedicado à luta dos estudantes da UEM", nos deixa muito felizes, ainda mais vindo de um artista admirável como Latuff, que coloca sua arte a serviço da luta contra a injustiça, a violência e a miséria, muito além de fronteiras geográficas. Latuff traça uma crítica expressiva e contundente, que descarta palavras, se valendo, como sempre, de acentuar as contradições sociais, coloca-las a nú e leva-las ao paroxismo. Seu único "pagamento" é o prazer de ver seus desenhos correrem o mundo e aparecem na mão de manifestantes em diferentes continentes. Ainda assim, considera que o que faz é muito pouco, não gosta que lhe transformem em uma "lenda" ou uma celebridade, rejeita apelidos como o "Che do traço" e reclama por se sentir por vezes como um franco-atirador, solitário nas suas inventivas. Que inspire a todos!
*Ele permanece em Maringá até o dia do debate de que participará (Egito, a insurreição árabe, quinta-feira, dia 03, às 19h30 no auditório da ADUEM). Desenhou também nos C.A.'s de Ciências Sociais, Filosofia e Psicologia (alguém posta os desenhos depois?)
"Plantando a democracia", homenagem ao povo egípcio.
Charge de Mubarak em jornal egípcio.
"A linguagem do ditador" e...
a charge sendo exibida por manifestante na Líbia.
http://latuff2.deviantart.com/
foto do desenho do DCE no twitpic do artista: http://twitpic.com/4447d2
5 comentários:
bacaníssimo Latuff -
Dando uma pitada de arte a muitos "nos caminhos da UEM"
aê!
Que legal, né cara?
Muito bom os desenhos dele!
Ansiosa para o debate sobre o egito.. =)
o cara é fóda!
É incrível que os PMs ainda tenham essa fama de repressores pelos estudantes! Abram os olhos: quem manda na polícia é o Estado, ela não tem completa autonomia.
Mas quem foi que falou que não, Anônimo? e quem manda no Estado, senão os partidos políticos e seus lobbys, que em Maringá são estreitamente ligados às lideranças religiosas, como possivelmente quis ressaltar o Latuff colocando a catedral como apoio da arma?
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