terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Suspensão das Bolsas na UEM! Até quando os estudantes serão prejudicados com o corte de verba?

Recordando: Logo no início de 2011, fomos surpreendidos com o anúncio do corte de 38% na verba das Universidades Estaduais Paranaenses. Pouco depois, o governo executou um corte de 15% em todas as secretarias estaduais, ou seja, menos 15% para a SETI. Graças à política típica do governo do PSDB, aos poucos a administração da nossa Universidade foi apresentando suas próprias medidas de readequação dos gastos, o que culminou em um “pula-catraca” no R.U por partes dos estudantes. Se não bastasse isso, fomos surpreendidos em maio de 2011 com a ameaça de diminuição das horas da bolsa-trabalho, de 20h semanais para 16h semanais, o que reduziria em R$60,00 o salário destes bolsistas. Foi assim que a administração da UEM tentou resolver os problemas de cortes: prejudicando única e exclusivamente os estudantes!

Este ano não começa diferente. O corte de verba ainda é algo que nos assola e, como era de se esperar, a reitoria abaixa a cabeça para o governo do estado e readequa seu orçamento por meio de cortes arbitrtários que, coincidência ou não, atingem diretamente os estudantes. Foi assim com R.U. no ano passado, é assim com as bolsas-trabalho neste ano.

Para esclarecer: Fomos, novamente, pegos de surpresa. O reitor, de forma covarde, determinou verbalmente junto à DCT, que as bolsas-trabalho fossem suspensas a partir do mês de fevereiro, sem avisar a comunidade acadêmica! Desculpas como “não queremos criar alardes para que não chegue ao governo estadual” foram utilizadas, mas o que parece na realidade é que o reitor, propositalmente, guardou essa informação do corte orçamentário (sabido pela administração da UEM desde dezembro de 2011) até agora para que não houvessem críticas por partes dos departamentos e dos próprios bolsistas e estudantes.

IMPORTANTE: Não é somente a bolsa-trabalho que está suspensa, as bolsas Monitoria, Iniciação Científica entre outras que são geridas pela UEM estão comprometidas. E outros cortes estão por vir... Onde eles serão aplicados? No R.U? Na BCE? Nos laboratórios? Nas saídas de campo?

Servidores técnicos e docentes: Temos conhecimento de que várias repartições, como a DAA e a DMP, possuem um grande número de bolsistas que exercem funções de funcionários concursados. Os mais de 400 bolsistas são os responsáveis pelo bom andamento da Universidade, sem eles muitos departamentos ficarão fechados por falta de funcionários! Sabemos que a bolsa-trabalho (chamada de forma hipócrita de “bolsa formação acadêmica”) foi instituída afim de cobrir o déficit do funcionalismo na UEM. Não podemos esquecer que uma das reivindicações da Pauta da Ocupação da Reitoria do ano passado, assinada PUBLICAMENTE pela reitoria e governo do Estado, foi a transformação de 100 bolsas-trabalho em bolsas de pesquisa até JUNHO DE 2012 e que a contratação de novos funcionários fosse realizada, e até agora nada nos foi sinalizado!

Não é apenas a bolsa-trabalho que está comprometida. As bolsas de PIBIC e monitorias pagas com verba própria da UEM também irão ser cortadas. A bolsa do CNPQ também corre riscos, pois a Universidade não teria mais condições de dar a contrapartida necessária para a liberação das mesmas.

Bolsistas: Essa luta é de toda a Universidade! Não podemos e não vamos ficar quietos diante deste absurdo. A UEM já apresenta problemas demais no que diz respeito à assistência estudantil, desde o RU sucateado, à Casa do Estudante que ainda não está pronta. O corte das bolsas nos desrespeita, assim como desrespeita toda a Pauta Acordada de Reivindicações, fruto do Movimento de Ocupação da Reitoria de 2011.

PENSE, PARTICIPE, MOVIMENTE-SE!

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