Enquanto
caminhamos pelas passarelas de nossa universidade, o cerco se fecha. Enquanto estamos
sentados em salas de aula, mais e mais sofremos aniquilações em nossos direitos
enquanto estudantes. Enquanto realizam-se apelos daqui e dali, os “grandões”,
que nem são tão volumosos assim, ora acomodam-se, ora articulam-se com um
objetivo em comum: transformar nossa UEM numa grande “escola privada de
crianças crescidas”.
Afunilamentos
orçamentários; cortes de refeições a bolsistas que recebem Auxílio-alimentação
no R.U. [recuperadas com pressões intensas do DCE para que se revertesse tal
situação]; repasse zero de dinheiro até para abastecer as motos dos vigilantes.
Bola de neve que desembocou, por fim, em quem? Nos professores, que viram à
altura de seus narizes os salários [e reajustes por direito] em risco.
Burburinhos
de greve. Todos comentam, ninguém tem certeza. É uma possibilidade que nos olha
dos portões da reitoria, com grandes olhos de bicho-papão. E recebeu o cartão
de visitas dos docentes da UEM. A questão é: nada mais funciona na UEM. Parece que
tudo continua seu ciclo de funcionamento, mas não se enganem. Não somente todas
as questões e variantes que advêm da indignação de professores [inclusive
daqueles que estavam, até então, na cola do nosso reitor, apoiando-o em suas ações].
A ponta do iceberg, a bomba que estourou ao lado de grandes personas, ou como quiserem nominar.
O
fato é que parecem fazer questão [esses tais “grandões”] de que o bicho-papão
entre e desbrave todos os cantos de nossa universidade. Pelo descaso que temos
visto, ela poderá, sim, ser nossa aliada, a greve. Ocupamos a reitoria no ano
de 2011 e afetamos a administração da UEM. Está na hora de darmos dores de cabeça
ao governo do Estado do Paraná. Nada mais justo, queremos ser vistos, oras! Parece
ser mesmo necessário que “ensinemos” o quê e como fazer, no âmbito local e
estadual? Pois é. Isso mesmo.
Porém,
enquanto deixarmos para nos preocupar “depois” que a bomba explodir, que o
bicho-papão invadir sem dó as dependências da Universidade Estadual de Maringá,
nossas tão incessantemente reivindicadas pautas não serão nem sombra para a
discussão principal que virá. Negociações entre as forças: professores,
funcionários, reitoria e governo Estadual se aproximam. Deixaremos o “enquanto”
continuar a ser o nosso discurso, ou
seremos uma das forças em questão, demonstrando que a corda não é mais fraca do
nosso lado? Se quisermos, de fato, ela não será. A importância da participação
dos acadêmicos é infinita.
Lembrem:
enquanto somos passivos, podemos até ser vistos como o lado mais fraco. Mas não
foi assim que conseguimos vez e voz em nossa universidade. Não foi em 2011 e
não será agora. Oprimidos temos sido: alunos, professores, funcionários. Continuemos
considerando o “nós” desta sentença,
aí sim seremos coletivo com força, bonito de se ver. Um grande corpo pode se
formar a partir de uma simples palavra: cumplicidade.
Em atos, em palavras, em união. E esta, meus queridos, lembrem-se: faz a força.
6 comentários:
Que texto bonito!!! Muito bom Lorene
Obrigada, Luiz!!
O LUIZ É O GAÚCHO!
muito bom o texto mesmo! parabéns :D
O luiz é o gaúcho!
muito bom o texto mesmo! precisamos de mais textos assim!:D
Que legal Lorene, parabéns!
Lo, mto bom!
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