Durante
o ano de 2011 todos nós pudemos ver que a Universidade sofreu com a situação de
sua estrutura. Muitos alunos ficaram sem professor em algumas matérias, alguns
cursos tinham aulas em 4 blocos diferentes, faltavam funcionários no RU, no HU
e etc. Mesmo com a intensa mobilização dos estudantes, reivindicando as
melhorias necessárias ao bom funcionamento da Universidade, que culminou na
ocupação da reitoria, muito pouco vem se fazendo para solucionar a nossa
situação. Toda negociação, toda
conversa, toda reunião, parece inútil frente a uma vontade imensa do governo em
deixar a qualidade das universidades públicas se arruinar, cada vez mais.
A continuidade desse projeto de
precarização da universidade se mostrou já no início desse ano. No retorno das
férias coletivas, o reitor comunicou aos estudantes que as Bolsas Formação
Acadêmica (bolsa-trabalho) seriam cortadas. Falou que o governo tinha efetuado
um novo corte no orçamento da universidade, de 72%, e que não tinha dinheiro
para pagar os alunos que já estavam trabalhando. Ainda hoje, a universidade não
está mais contratando bolsistas, os carros da universidade e as motos dos
vigilantes estão parados por falta de gasolina, os motoristas não estão
recebendo suas diárias e etc. Mesmo atacando técnicos e estudantes diretamente,
o governo volta atrás na sua posição e se recusa a equiparar o salário dos
docentes ao piso dos técnicos de nível superior em três anos, deixando toda uma
negociação anulada.
Como se não bastasse isso, a
pauta de reivindicações da ocupação da reitoria, aceita e assinada pelo Reitor,
em nome do Secretário do governador, Alípio Leal, é ignorada, além de serem
retirados os direitos que foram
conquistados com ela. A opção vegetariana no RU não está mais sendo feita. A bolsa alimentação, que foi instituída
ano passado para 10 estudantes, e que era para ser instituída para mais 50 esse
ano, foi ignorada, os ônibus prometidos para viagens e saídas de campo não tem
gasolina, dentre várias outras coisas.
A
urgência da situação faz com que nós não possamos mais nos iludir com o
conteúdo das políticas do governo com relação as universidade estaduais. Se
ficarmos parados deixando essas medidas passarem, acabaremos por ser coniventes
com elas, deixaremos cada vez mais a nossa educação superior pública se tornar
precarizada, como a muitos anos já aconteceu com as nossas escolas.
É necessária, hoje, uma união de
professores, funcionários e estudantes em torno da luta pela defesa da nossa
universidade! Para
que possamos não apenas nos defender desses ataques, mas também reivindicar e
lutar pela melhoria da qualidade do nosso ensino.
CEEB: DIA 03/03 (sábado) às 14h no
RU.
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