Nota Oficial do DCE sobre a tentativa de incêndio

            Aproximadamente às 22h30 do sábado (11/02), primeiro dia do Festival de Bandas do DCE, membros da Movimente-se estavam indo levar o lixo recolhido nas quadras para perto do bloco 06 e sentiram cheiro de fumaça.

            Rapidamente fomos ao bloco, e vimos, no corredor deste, muita fumaça e um pano queimando. Tiramos o pano de dentro e apagamos com água, de imediato.      Aparentemente nada demais aconteceu no bloco nem no DCE por causa do fogo.

Ao notificarmos o chefe de segurança da UEM, Soarez, ficamos sabendo que, além do DCE, no Bloco 104, onde fica a PRH (Pró-reitoria de Recursos Humanos), foi ateado fogo em um dos painéis em frente ao bloco. No painel havia alguns editais. A labareda, de acordo com vigias, chegou a 1metro.

            Diante dos fatos, nos reunimos no DCE no domingo, 12/02, antes de começar o segundo dia de festival. Decidimos que não nos pronunciaríamos naquele momento, por falta de informações e para evitar falsos alardes ou polemicas durante o festival. Montamos, em conjunto com a equipe de segurança contratada, uma comissão de segurança. Vale ressaltar aqui que esta equipe foi contratada para trabalhar até as 22h. O fogo no DCE, no dia anterior, se deu minutos após a saída do segurança, que estava responsável pelas proximidades do bloco 06.

            A Vigilância da UEM vai elaborar um relatório sobre o ocorrido, para averiguação interna do caso. A PM foi acionada, não se sabe por quem, e esteve na Universidade fazendo o B.O (Boletim de Ocorrência).

            Prezamos pela autonomia universitária, bem como entendemos ser desnecessária a presença da ação policial dentro desse e de qualquer outro campus universitário. Pautamos a auto-gestão em nossa prática, a autonomia e a liberdade em nossos princípios, portanto esperamos que isto seja resolvido internamente, afinal, houve um atentado ao patrimônio da UEM e a vigilância é patrimonial. Ocorre mais uma vez a politização desse debate, pois a UEM carece de vigilantes nos finais de semana em decorrência do corte de verbas que sofre. Não responsabilizaremos nem a vigilância nem ninguém – seria uma contra-senso – bem como não seremos responsabilizados por uma atitude criminosa e tão covarde que contraria toda forma de expressão democrática.

            Não temos evidências certeiras e o leque para quaisquer possibilidades é grande: se foi uma atitude deliberada ou uma ou um crime idealizado. Atacaram a entidade estudantil, de uma maneira ou de outra alguém vêm se incomodando e rompendo qualquer possibilidade de disputa democrática. Afinal, somos um DCE combativo, e 2012 começou a todo vapor! Reuniões com mais de 50 estudantes antes do início do ano letivo, um ato contra o Governo do Estado, durante a inauguração do bloco E-90 com mais de 100 pessoas, fatos que, mesmo sendo importantes e construtivos aos estudantes e ao movimento estudantil, incomodam muita gente.

            É inaceitável um ataque à entidade estudantil e ao patrimônio da universidade passarem despercebido. Trata-se de um atentado contra a organização dos estudantes, conquista de duros anos de luta contra a ditadura militar. Esse fato não nos intimida, seguimos combativos e com o apoio dos estudantes em defesa de um futuro otimista.

DCE Movimente-se UEM.