Sabemos que as Universidades Estaduais e as demais instituições públicas estão passando por uma crise ferrenha.
Nesses 2 anos do governo tucano do Beto Richa, as insituições públicas de ensino vêm sofrendo com a falta de investimento, corte de verbas, não há contratações e sequer um horizonte para novos concursos públicos, etc., enquanto os bancos (Santander) e as universidade privadas dão pulos de alegria. Quem não se lembra que o governador Beto Richa esteve ano passado em Maringá para ser paraninfo da colação de grau do Cesumar?!
Enfim, não precisamos ser repetitivos. Sabemos que a precarização está aí, e não é de agora. A ocupação da reitoria e toda a movimentação foi a reação a todos os problemas que nós, estudantes, enfrentamos. Isso que estamos na "melhor do Paraná", imaginem a pior universidade...
As mobilizações docentes e dos técnicos foram e são ainda reflexo dos problemas que tais categorias enfretam: irresponsabilidade do governo com reajustes salariais, planos de carreira precários, etc. Apesar de serem pautas bastante específicas e corporativistas, são legítimas e as mobilizações merecem todo nossos respeito.
Mas na UEM e em algumas outras universidades a nível nacional, têm seus sindicatos divididos entre os docentes (ANDES) e técnicos (CUT). Infelizmente, e por motivos que não cabem aqui, esses dois sindicatos na UEM segregaram a luta e o que aconteceu foram paralisações em datas diferentes, a própria greve não foi planejada em conjunto. Cabe ressaltar que o DCE em todo momento procurou unificar e ampliar as pautas, fazendo com que nossa pauta estudantil elevasse a ponto de ser discutida conjuntamente com todo a comunidade acadêmica (professores, servidores e estudantes). O que não se concretizou.
Saiu, então, a "greve dos 3 dias" dos docentes, que não passava da retomada de algo que o governo havia prometido (enviar o projeto de lei da equiparação salarial docente até 1º de maio para a Assembleia Legislativa) e não cumpriu. Passou-se os 3 dias, e o projeto de lei foi votado e será executado em outubro. A SESDUEM considerou uma vitória.
A questão dos servidores, dias antes da greve docente, já havia sido resolvida. Mas o governo voltou atrás.
O que saiu no Diário: "Só voltaremos a trabalhar quando o Governo cumprir o que prometeu.
Inicialmente houve uma proposta que a categoria aceitou, mas depois
voltaram atrás e disseram que não havia dinheiro. O acordo com os
professores foi feito, queremos que façam o mesmo conosco. As atividades
serão retomadas quando a proposta estiver regulamentada em um projeto
aprovado pela Assembleia Legislativa e pelo governador", fala Almir
Carvalho de Oliveira, um dos membros da comissão de greve da UEM.
E assim, no dia 11 de setembro de 2012, iniciou-se a greve dos servidores em 4 universidades: UEM, UEL, UEPG e Unioeste (Cascavel).
Tomando proporções muito maiores do que imaginávamos, no primeiro dia de greve houve adesão de 80% dos servidores da universidade!!!
Outro fator que nos surpreendeu foi a posição dos docentes. Não sabemos se de fato a Sesduem está falando pela maior parte dos professores da UEM, mas aparentemente muitos concordam, pois, mesmo com portões trancados, blocos e salas trancadas, os docentes insistem em continuar trabalhando, dando suas aulas nos gramados, no térreo dos blocos, etc.
E os estudantes nisso tudo?
Mesmo apoiando e considerando legítimas as reivindicações, nenhuma das outras categorias levantam pontos que toquem o cerne da questão devido a especificidade das pautas (salariais).
Enquanto isso, vemos nossas reivindicações sem perspectivas de serem atendidas.
Por essas e outras que devemos, juntos, nos mobilizar e levantar nossa voz, elevar nossa pauta sem ser contra os professores ou servidores, mas fazê-las caminhá-las em conjunto, para que sejam definitivamente atendidas.
ASSEMBLEIA GERAL DOS ESTUDANTES
14/09 - NO DCE - 15H!
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