Ontem (13/12/2012) a pedido do Prefeito Sílvio Barros foi realizada reunião entre a comunidade universitária, conselheiros, e a Prefeitura Municipal de Maringá para tratar da transposição do Campus Sede.
Apesar de ter sido convocada para tratar do Campus Sede todo o tempo o Prefeito usava de retórica fraca para não apresentar o projeto e tampouco responder os questionamentos. Falava de sustentabilidade, da África, do EuroGarden... tudo, menos explicar claramente porque quer cortar a UEM e liberar a Vila Esperança para a especulação imobiliárias (notem que já há demolições na Vila Esperança).
O Diretório Central dos Estudantes se fez presente e entregou a carta que segue ao Prefeito. A resposta foi só a de alegar que o DCE não conhecia o projeto (que mais uma vez não foi apresentado!).
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES
CARTA DO DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES AO PREFEITO DE MARINGÁ
À Vossa Ex.ª Prefeito de Maringá, Sílvio Magalhães Barros II,
O Diretório Central dos Estudantes, entidade máxima de
representação dos estudantes, vem por meio deste manifestar sua
contrariedade à forma como a Prefeitura de Maringá desenvolve a
discussão da transposição da UEM.
A Universidade Estadual de Maringá tem uma comunidade de cerca de 20
mil pessoas. Trata-se da instituição pública estadual de ensino
superior mais importante do Paraná. O tratamento da prefeitura à
questão, no entanto, não está a altura de uma instituição que
tem autonomia garantida pela constituição.
A Universidade, de seu modo, preservando a democracia institucional,
está dando passos para rediscutir o desenho do campus sede. Já está
instalada uma Comissão para tratar justamente do Plano Diretor do
Campus Sede que deve abrir a consulta a toda a comunidade,
construindo um modelo de participação democrática.
Hoje é unânime a avaliação de que o Campus Sede da UEM não pode
se eternizar como uma barreira à cidade. A Universidade que
defendemos é justamente a que se abre a comunidade e que está na
cidade. Sem, no entanto, ser rasgada por uma obra de engenharia que
vai além dos danos materiais da remoção de prédios e até da
Estação Climatológica Principal de Maringá (que abriga mais de 30
anos de análises climáticas que se suprimida perde a validade
científica), vai além do transtorno a comunidade de mais de 20 mil
pessoas e dos comerciantes locais. Uma obra de engenharia da
magnitude apresentada, sem duvida, contribuirá para o assoreamento
do já tão impactado Córrego Mandacaru.
De nossa parte temos certeza em afirmar que não queremos uma
universidade transposta pela cidade. Queremos uma Universidade que se
exponha a cidade, que abrigue a cidade, e que faça isso pelas suas
instâncias pelo seu projeto político e pedagógico de uma
instituição autônoma e democrática que não deve agir a toque de
caixa e por pressão da burocracia que impede a tramitação do
licenciamento das obras da universidade.
A UEM é de todos nós e preservar sua autonomia e democracia,
aprofundando a discussão do Plano Diretor do Campus Sede, está na
ordem do dia!
Diretório Central dos
Estudantes – Gestão Movimente-se UEM 2012/2013